Amianto é a denominação dada a silicatos (compostos de sílica – SiO2 – e óxidos de outros metais) fibrosos abundantemente encontrados na natureza.
Cerca de trinta minerais podem ser enquadrados nessa terminologia, porém, comercialmente são explorados atualmente as variedades crisotila (amianto branco), que corresponde a 97% do consumo mundial, seguida da amosita (amianto marrom), e da crosidalita (amianto azul). A primeira pertence ao grupo dos serpentinitos, e os demais tipos de amianto estão classificados no grupo dos anfibólios. A distinção entre eles é que as fibras da crisotila são sedosas e crespas, já os anfibólios possuem fibras retas e cilíndricas.
Dentre as características físico-químicas peculiares do amianto podem ser citadas: elevada resistência à abrasão, flexibilidade, isolamento térmico e elétrico, alta tensão à tração etc. Entre suas aplicações destacam-se as de isolamento térmicos e acústicos, refratários, cerâmicos, fibro-cimento, principalmente telhas e caixas d’água, juntas de vedação, matérias de fricção, como pastilhas de freio e embreagens, roupas especiais, papel e papelão, filtros industriais entre outros.
Atualmente, o amianto tem enfrentado a concorrência de várias fibras substitutas, principalmente no setor de fibro-cimento e fricção. No entanto, substitutos estão sendo procurados devido à pressões ecológicas e de saúde, pois o amianto pode causar muitos danos (sobretudo aos trabalhadores que o manuseiam). Devido à sua constituição, esses materiais se dispersam na atmosfera onde permanecem indefinidamente. Assim, é facilmente inalado ou engolido, sobretudo na fase de extração e manufatura de objetos. Além disso, não é eliminado, permanecendo no organismo, e sua ação deletéria é cumulativa, podendo levar entre 10 a 40 anos para que seus efeitos se manifestem.
A exposição prolongada ao pó de amianto pode causar asbestose (doença respiratória provocada pela inalação de fibras de asbestos), câncer do pulmão, mesotelioma (tipo de câncer que ataca a pleura e o peritônio) e outras afecções menos graves. Devido aos efeitos danosos descritos anteriormente, o Governo Federal tem buscado aprovar leis obrigando que o amianto não seja mais utilizado e que materiais alternativos sejam usados como substituto. Os principais concorrentes que tem sido amplamente estudados para possíveis substituições são: PVC (principalmente no segmento de tubos e caixas d’água), fibra de vidro e recentemente o Álcool Poli-vinílico (plástico produzido a partir do acetato de vinila, que é empregado em fibro-cimento).