Anexação da Cisplatina
A Questão Cisplatina foi o assunto mais espinhoso da política externa joanina durante a permanência da Família Real no Brasil.
Antigas desavenças nascidas no Período Colonial foram reativadas: estavam em jogo não só as pretensões expansionistas da Coroa Portuguesa, mas também os interesses coloniais espanhóis e a necessidade de ampliação de mercado por parte do industrialismo inglês.
A deposição de Fernando VII por Napoleão, em 1808, provocou reações em todas as colônias espanholas. Estas, por não aceitarem a autoridade de José Bonaparte, que Napoleão impusera como Rei da Espanha, organizaram Juntas Provisórias de Governo, dotadas de total autonomia.
Instigado por sua esposa Carlota Joaquina, irmã de Femando VII, D. João, a pretexto de salvaguardar os interesses espanhóis, invadiu a chamada Banda Oriental do Vice-Reino do Prata, em 1811. Uma segunda intervenção deu-se em 1816, sob o comando do general Frederico Lecor, que ocupou Montevidéu. Em 1821, a região foi incorporada ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina. E assim permaneceria até 1828, quando, finalmente, tornar-se-ia um Estado independente, com o nome de República Oriental do Uruguai. (Ver: Guerra da Cisplatina)
Veja também:
- Vinda da Família Real ao Brasil
- A corte portuguesa no Brasil e a ruptura do pacto colonial
- Tratados de 1810
- Período Joanino no Brasil
- Revolução Pernambucana de 1817
- Elevação do Brasil a Reino Unido