Durante a expansão imperialista europeia do século XIX, a Indochina, península do sudeste asiático, foi ocupada pelos franceses em 1839.
Em 1939, Ho Chi Minh organizou a Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã. No ano seguinte, o Japão ocupou a península sendo combatido pelos guerrilheiros de Ho Chi Minh.
Ao final da segunda guerra, Ho Chi Minh decretou a independência fundando a República Democrática do Vietnã, em 1945, de cunho socialista.
A França não aceitou a independência, dando início à Guerra da Indochina (1946-1954).
O general Nguyen Giap impôs uma fragorosa derrota aos franceses na Batalha de Dien Bien Phu, em 1954, obrigando a França a negociar.
Na Conferência de Genebra, de 1954, a França reconheceu a independência da região, que foi dividida em três países: Camboja, Laos e Vietnã.
O Vietnã foi subdividido em dois: Vietnã do Norte, comunista, e Vietnã do Sul, capitalista.
Na Conferência de Genebra, ficou acertado que em 1956 seria realizado um plebiscito para decidir a reunificação do país, sob a supervisão norte-americana.
Entretanto, quando chegou a época das eleições, a região mostrava-se francamente favorável à vitória do Norte, de orientação socialista, após a vitória de Mao Tsé Tung na China (1949) e a Guerra da Coreia (1950-53), que havia colocado em conflito indireto os donos do mundo: EUA e URSS.
Temendo uma vitória comunista, os EUA cancelaram o plebiscito levando os comunistas do Vietnã do Sul a formarem a Frente de Libertação Nacional, cujos guerrilheiros passaram a ser conhecidos como vietcongs.
Para manter sua influência no sudeste asiático, cada vez mais favorável ao bloco socialista, os EUA, apesar de desgastados com a Guerra da Coreia, apoiaram militarmente o Vietnã do Sul, dando início aos conflitos do “Paralelo 17” que culminaram na Guerra do Vietnã.
Por: Wilson Teixeira Moutinho
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