Com o mercado de trabalho competitivo e acirrado no final do século XX, e no início do século XXI, muitas pessoas que são profissionais na área de administração se pergunta:
Serei um administrador generalista, que entende um pouco de tudo, ou serei um administrador especialista, que entende de tudo um só pouco.
Neste trabalho de pesquisa, estão algumas abordagens sobre o assunto, e que ajudará em sua escolha.
VOCÊ É UM ESPECIALISTA OU UM GENERALISTA?
Existem pessoas que sabem um pouco de tudo de Internet. Elas possuem ao mesmo tempo boas noções de redação, direção de arte, programação, dos processos de criação e produção de um site ou peça publicitária. Existem também os especialistas – aquelas pessoas que estão focadas somente em um determinado assunto, como programação em php ou arquitetura da informação.
Com o amadurecimento da Internet, estão surgindo muitos profissionais especializados. São, por exemplo, os arquitetos de informação, os programadores especializados em apenas uma linguagem e os diretores de arte que não sabem um comando sequer de flash.
Por outro lado, os profissionais que sabem um pouco de tudo, como os gerentes de projeto, continuam sendo requisitado no mercado. E isso tem dado origem a uma grande dúvida dos profissionais: especializar-se ou tornar-se um multiprofissional?
Antes de tudo, não existe uma resposta para essa dúvida – seria como dizer a você que faculdade fazer para ser bem sucedido no futuro. Existem apenas situações que podem indicar a decisão que mais se adapta ao seu perfil.
Para ajudar nessa decisão difícil, vou fazer uma analogia entre uma construção e a Internet. Imagine que você vai construir uma casa. No mundo ideal, ao construí-la você tem um terreno, um projeto, arquitetos, engenheiros, construtores e fases de desenvolvimento. Quando estiver tudo pronto, você aprova e finalmente vai morar. O processo de criação e produção de materiais para Internet é muito parecido: você tem um local para hospedar ou veicular seus trabalhos, o trabalho de planejamento, criação e produção dos materiais que, depois de aprovados, vão ao ar.
Uma pessoa pode construir uma casa sozinha, mas não pode construir um prédio. O mesmo acontece com um trabalho de Internet: você pode construir um site pequeno sozinho, mas teria muita dificuldade em produzir uma aplicação como Internet banking. E aí estão as diferenças que podem ajudar na sua decisão profissional.
Se você gosta de trabalhar com grandes projetos e grandes clientes, a especialização é o seu caminho. Nas grandes agências e produtoras, cada pessoa tem funções bastante específicas, pois há verba para manter uma estrutura com todos os profissionais necessário.
A primeira desvantagem é que grandes projetos e grandes clientes, assim como os lugares que os realizam, estão em número bastante limitado. Dá para contar nos dedos, por exemplo, quantas agências possuem um profissional que faz a revisão de textos.
A segunda desvantagem é que a especialidade que você escolheu pode ser apenas uma moda que, quando passar deixará você deslocado profissionalmente.
Nas grandes empresas também existe espaço para os multiprofissionais, mas em funções gerenciais – se o seu objetivo é tornar-se um gerente, coordenador ou diretor, você precisa saber um pouco de tudo.
Por outro lado, em projetos com verba reduzida (a maioria), um profissional realiza várias funções: o diretor de arte também pode fazer o flash, o programador pode fazer ao mesmo tempo HTML, flash e o banco de dados. As produtoras e agências de médio e pequeno porte, que são a maioria das oportunidades de trabalho, precisam trabalhar com os multiprofissionais porque é muito caro manter uma grande equipe de profissionais especializados.
As vantagens de ser um multiprofissional são ter mais facilidade para encontrar oportunidades de trabalho (inclusive freelas) e a possibilidade de conseguir cargos gerenciais.
A desvantagem de ser um multiprofissional é a falta de foco: você dificilmente se tornará o melhor em uma especialidade e pode ter dificuldade em se colocar no mercado por não saber exatamente qual a sua função.
Outra desvantagem é que muitas empresas tiram proveito dos multiprofissionais. Ao usar uma pessoa quando deveria haver uma equipe, é claro que o trabalho sai com uma qualidade inferior.
ESPECIALISTA OU GENERALISTA, SER OU NÃO SER?
Tempos em tempos muda o perfil exigido pelo mercado para determinados profissionais. Bola da vez entre os Administradores é o profissional generalista, embora o especialista continue sendo indispensável. Num mercado complexo e diversificado, o que ser então? Especialista ou generalista? A resposta parece ser generalista com especialidade.
Um profissional generalista é um especialista capaz de interagir, interceder entre áreas de uma organização. “É generalista porque tem competência de costurar os vários setores de uma organização”, define o presidente do CRA-RJ, Wagner Siqueira. Ele alerta para o risco de ser considerado generalista “aquele profissional borboleta, que fica pulando de setor em setor porque sabe um pouquinho de cada área”.
O grande desafio para os cursos de administração e para os docentes é formar esse administrador generalista/polivalente. O presidente do CFA e da Comissão de especialistas do MEC para ensino de administração, Rui Otavio Bernandes de Andrade, ressalta que “o conceito de polivalente do generalista, em que o administrador não apenas domina diferentes técnicas, equipamentos e métodos, mas, acima de tudo, conhece a origem destas técnicas, os princípios científicos e técnicos que embasam os processos produtivos, apreende as implicações do seu trabalho, seu conteúdo ético, compreendendo não só como fazer, mas o que fazer”.
Conjunto de competências para a qualificação real
(competência intelectuais) reconhecer e definir problemas,equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo de trabalho,atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos.
(técnicas ou metódicas) aplicar conhecimentos técnicos, métodos e equipamentos necessários à execução de tarefas especificas e gerenciamento do tempo e espaço de trabalho autoplanejar-se e de autoorganizar-se.
(organizacionais, comunicativas) expressão e comunicação com o seu grupo, superiores e hierárquicos ou subordinados, cooperação, trabalho em equipe, diálogo, exercício da negociação e de comunicação interpessoal.
(social) utilizar todos os seus conhecimentos nas diversas situações encontradas no mundo do trabalho e transferir conhecimentos da vida cotidiana para o ambiente de trabalho e vice-versa. Comportamentais iniciativa, criatividade, vontade de aprender, abertura as mudanças, consciência da qualidade e das implicações éticas do seu trabalho, acarretando o envolvimento da subjetividade do individuo na organização do trabalho.
(políticas) refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, na esfera pública, nas instituições da sociedade civil, constituindo-se como atores sociais dotados de interesses próprios que se tornam interlocutores legítimos e reconhecidos.
Por: Renan Roberto Bardine