O capital intelectual é gerado por conhecimentos e é um grande produtor de riquezas para o ser humano, e vem a ser mais que um ativo privilegiado, o qual, por sua vez, é causa de grandes aumentos de produtividade em algumas empresas e, também em governo, ou seja, na vida de cada um de nós.
Tudo isso proporcionou um conceito novo, visto por conjunto de conhecimentos e informações adquiridos por uma pessoa ou instituição e colocado ativamente a serviço da realização de objetivos econômicos.
Todo homem, num determinado momento de sua vida, tem de optar por sua profissão, dando maior atenção na qual realmente deve optar para seu futuro, ou seja, as funções ou a função que realmente deve exercer em sua vida, aquela que há uma maior tendência em expor melhor seus conhecimentos, suas ideias, a função que melhor se adaptar e que não trabalhe contrariado.
Uma pessoa quando exercer seu capital intelectual, naquilo que realmente deseja, se mostra capaz, e consegue efetivamente tornar-se mais requerida e desejada, consegue manter seu emprego e trabalho, atingir seus objetivos pessoais com maior facilidade, manter uma certa independência e liberdade de escolha, gozar de maior segurança e tranquilidade o que a vida lhe proporciona de melhor, dentre outras coisas mais.
O conhecimento é a arma mais importante de uma pessoa e serve como utilidade em sua vida para muitas coisas, como dar satisfação a si próprio, ajudar as pessoas a compreenderem o mundo que as cercam, identificarem ameaças e oportunidades que surgem em suas vidas, vindo a resolver os problemas surgidos. Assim, o conhecimento ajuda as pessoas a tomarem decisões certas e a se sobressaírem dia a dia.
Para administrar inteligentemente o capital intelectual, temos de tomar consciência da importância que este tem; e tudo que implica conhecimento, é onde estão os maiores salários. Temos no Brasil uma classe média surgida do desenvolvimento do capitalismo, da exigência do mercado e é nela que encontramos médicos, contadores, advogados e etc.
Esses profissionais, por sua vez, vendem trabalho, que vem a ser o emprego do seu trabalho e o envolvimento de seus clientes na parte emocional, vendem também competência, ou seja, o conhecimento especializado e habilidoso, também vendem credenciais, um exemplo típico é de um advogado, que só ele pode entrar com uma ação nos tribunais.
Tendo uma certa conclusão, o profissional se conscientiza de que o conhecimento é uma necessidade de sua carreira, e aí torna-se capaz de administrá-lo bem. Uma outra requisição para uma boa administração do capital intelectual, é a atitude humilde e cautelosa d a pessoa, por esse motivo é que devemos sempre duvidar do que sabemos, procurar sempre ter a mente aberta para novas informações.
O tempo é muito importante para a captação de conhecimentos, portanto devemos aproveitar todos aqueles espaços de tempo livres, um bom exemplo para isto é em filas de bancos, ônibus, etc.; quando se estabelece uma rotina de leitura, estimula-se a adquirir o hábito de ler, nunca devendo fazer da leitura uma obrigação.
Devemos aprender a oferecer, ou seja, vender competência e profissionalismo, uma vez que as pessoas que mais sabem tem uma atitude tímida, esperando que as outras descubram que ela estejam preparadas pra isso. Num ambiente em que todos somos cobrados, um posicionamento deste, perderia a oportunidade, e é sempre preciso apresentar uma certa disposição em colaborar e fazê-lo de tal modo que fiquem patentes suas credenciais.
As empresas manuseiam diferentes tipos de conhecimento, no momento de decidir seguindo mais ou menos como o conhecimento técnico, conhecimento filosófico, inteligência, informação estratégica, vendo por outro lado, a empresa recorre a conhecimentos de todas as áreas para a solução de problemas e formulação de decisões.
As empresas devem tomar medidas para que o conhecimento flua melhor dentro delas, sendo fundamental a promoção de uma melhora nas comunicações externas, treinamento motivacional e atitudial com intuito de combater a cultura de autoridade, buscando um clima de participação e envolvimento de todos, buscar o intercâmbio de informações interdepartamental.
Há várias formas de efetuar um trabalho, formas inteligentes, isto é, aquelas que o funcionário age como um ser realmente pensante e esta forma de trabalho pensante não chega espontaneamente, é preciso um treinamento, sendo iniciado com a amostragem do valor do conhecimento de cada elemento, uma discussão para as melhores práticas, estimular a criatividade e a análise inteligente, para que as pessoas possam seguir os conhecimentos.
Deve-se obter um controle dos ativos intelectuais, seguindo um adequado zelo nos registros e marcas da patente da empresa, deve-se uma certa preocupação sobre os registros de conhecimentos da empresa, um certo controle do processo sobre as qualificações desenvolvidas internamente, e uma política de sustentação do emprego daquelas pessoas geradoras de conhecimento chave. É comum encontramos na empresa alguns funcionários brincando com outros ‘’ Olha o Sr. João, já tem uma placa de identificação de patrimônio da empresa, pois é o funcionário mais antigo que temos e ninguém é melhor que ele para executar sua tarefa’’.
Enfim, a inteligência permite ao homem que sobreviva com suas limitações físicas em um ambiente hostil. A inteligência permite as organizações, a sobrevivência em ambiente competitivos, mutantes e exigentes pelos quais passaremos no processo dia-a-dia, e este é o momento de tornar a organização mais inteligente.
Considerando tudo o que as empresas e pessoas devem fazer, não é complicado o entendimento em certas áreas. Como por exemplo, a contabilidade se encontra perante à uma certa urgência em consideração a Bens Intangíveis, em encontrar valores escondidos dentro das empresas, não se trata de valores contidos nas arcadas prediais, nas estruturas, nos móveis, imóveis e equipamentos, e sim no valor do conhecimento da empresa, no valor emancipado dentro do Capital Intelectual. Este capital, pode fazer parte do ativo intangível, uma vez que compreendido que este capital interage como ativo, que, por sua vez, representa um bem da empresa.
O Capital Intelectual não tem um valor de venda, mas é um dos mais importantes bens da empresa, vindo a contribuir para a formação e sustentação da empresa no mercado. Porém, quando se fala na atribuição de valores, é muito mais fácil a atribuição de valores no ativo tangível do que no ativo intangível, pois este, por sua vez, não possui um valor real, sendo necessária a auto avaliação da empresa. E este Capital Intelectual que vem a fazer parte do ativo intangível e, embora ainda não possua um certo conceito explicativo de si mesmo, alguns autores expõem seus conceitos consideráveis, assim temos, segundo Hobbes: ‘’ Conhecimento e Poder’’; segundo Brooking: ‘’Uma certa combinação composta de bens intangíveis, frutos das mudanças nas área de tecnologia das informações, mídia e comunicação que trazem benefícios para a empresa’’, empresa esta que tende a ampliar seus conhecimentos por um todo desde a gerência até o seu último subalterno, tanto externamente como internamente, uma vez que, esta combinação de conhecimentos virão a enriquecer o ativo da empresa, especialmente o ativo intangível.
Outro conceito interessante sobre o Ativo Intangível é o da autora Maria Thereza P. Arantes, dividido em quatro partes denominadas categorias:
Ativo de mercado: tudo aquilo que a empresa apresenta ao longo do intangível, ou seja, dentro do mercado, do produto, da patente, dos canais de distribuição.
Ativos humanos: tudo aquilo que o indivíduo pode trazer de bem para a empresa com seu conhecimento, sendo sua criatividade, sua esperteza, sua habilidade em solucionar problemas e situações ruins, bem como métodos de gerenciamento.
Ativos de propriedade intelectual: são aqueles ativos que possuem e necessitam de proteção legal para existirem, assim terão uma maior segurança e amplitude para com a empresa, exemplificando algo. Como exemplo: as patentes, os designs, segredos industriais, fórmulas secretas,
etc.
Ativos de infraestrutura: são aquelas metodologias, sistemas de informação, os métodos usados pelas empresas. Exemplo: bancos de dados.
Atualmente, as empresas não se interessam muito pela força braçal do ser humano e sim, pelo seu conhecimento, buscando pessoas altamente capacitadas, com alto nível intelectual, procurando obter um clima mais favorável, estabelecendo reuniões com todos os funcionários da empresa, facilitando o relacionamento de forma mais informal, melhorando a exposição de ideias e conhecimentos.
Podemos, ainda, estabelecer uma certa comparação entre o Capital Intelectual e o Goodwill conceituado como a diferença entre o valor do negócio, sua totalidade e a soma dos ativos individuais, avaliados por um valor justo. Sendo dividido em mais ou menos cinco partes:
Goodwill pessoal: vem decorrer de uma ou mais pessoas que integram as empresas.
Goodwill profissional: desenvolvidos para certas classes dentro de uma sociedade, isto é, pessoas que se destacam dentro de uma sociedade, por exemplo: advogados, médicos, contadores.
Goodwill evanescente: características de certos produtos, que a moda os fazem, mas que têm vida curta.
Goodwill de nome ou marca comercial: relacionado ao nome da empresa, como produtos que a mesma fabrica e vende no mercado.
Após os conceitos de Capital Intelectual e Goodwill, podemos fazer algumas considerações em relação aos dois tipos que abrangem o ativo intangível.
Há vários geradores do Capital Intelectual e do Goodwill, os quais abordaremos começando com os do Capital Intelectual:
- Funcionários são tratados como ativos raros.
- Valorização da cultura organizacional.
- Encorajamento dos funcionários para a inovação da empresa;
- Participação dos funcionários na elaboração dos objetivos a serem traçados por eles mesmos.
Fatores geradores do Goodwill:
- Uma localização estratégica.
- Descobrimentos de talentos e recursos.
- Associação com outras empresas.
- Certos processos secretos dentro da empresa.
Um ponto considerado importante segundo Brooking é que o Capital Intelectual começou quando o primeiro vendedor estabeleceu um bom relacionamento com seu cliente, e o denominou Goodwill, assim se tem uma ideia que o Capital Intelectual existe há tempos, a preocupação em identificar o valor intangível não é recente, e o Capital Intelectual efetua a tentativa de identificar e lançar no ativo intangível resultados em partes do Goodwill. Sendo assim, o Goodwill apresenta-se como um conceito mais abrangente de Capital Intelectual.
Portanto, para que uma empresa se saia bem e consiga sobreviver, esta deve estar munida de Capital Intelectual, buscando ter um grande potencial para enriquecer seu ativo intangível e ser, ainda, superior às coisas que possam atrapalhar seu andamento.
O Capital Intelectual de todos os membros de uma empresa se dá por conhecimentos de cada um em sua respectiva área, uma vez que, o conhecimento é a fonte do Capital Intelectual, não ocupando um lugar físico na empresa e, além de tudo, é o principal instrumento para o bom andamento, trazendo riqueza e poder para todos que utilizam seu intelecto para a solução e resolução dos problemas surgidos numa organização.