1. INTRODUÇÃO
Como aconteceu no campo das outras artes, a arquitetura contemporânea modificou os princípios estéticos vigentes, recorrendo ao emprego das novas técnicas e materiais industriais, como o concreto, o aço laminado e o vidro em grandes dimensões.
2. ORIGENS DA ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA
A Revolução Industrial mudou o contexto tecnológico e social da construção e, portanto, os preceitos e objetivos tradicionais da composição arquitetônica perderam validez. Foi aproximadamente a partir de 1840 que os principais artistas e críticos procuraram novas formas de abordar problemas construtivos.
Na Inglaterra, o escritor John Ruskin e o designer William Morris, fundador do movimento Arts & Crafts, consideravam que os objetos produzidos pela máquina eram desprovidos de significado cultural e estético. Inspirados no passado medieval e na ideologia socialista, sustentaram a importância do artesanato e procuraram o envolvimento direto dos operários na produção de artefatos de uso cotidiano e doméstico.
No âmbito da tecnologia, o Crystal Palace, de sir Joseph Paxton, um enorme espaço para exposições temporárias construído, em 1851, por ocasião da Exposição Universal de Londres, representou um notável avanço no desenvolvimento da arquitetura contemporânea. Feito com elementos pré-fabricados de aço e vidro, introduziu ao mesmo tempo a consciência de outra forma de beleza, a que se assenta na claridade estrutural e no emprego coerente dos novos materiais.
Duas estruturas, erigidas para a Exposição Internacional de Paris de 1889, mostraram as possibilidades de materiais como o ferro, o vidro e o aço, que eram fabricados maciçamente: a Galeria das Máquinas, obra do arquiteto C.L.F. Dutert e da empresa de engenheiros Contamin, Pierron e Charton, que tem uma distância entre as bases de sustentação de 117 m; a Torre Eiffel, de Alexandre Gustave Eiffel, que, construída em ferro forjado, atinge os 305 m de altura.
As novas tecnologias também influíram no design de edifícios em prol de um maior funcionalismo. A invenção do elevador nos Estados Unidos e a falta de solo edificável alentaram a construção de prédios cada vez mais altos. Para isso, foi criado um sistema reticular de aço — uma espécie de grade tridimensional — ao qual foram acrescentados soalhos, janelas e muros como simples fechamentos.
O arranha-céu destinado a abrigar escritórios foi construído pela primeira vez, por volta de 1890, em Chicago, e depois difundiu-se em diversos lugares. Os arquitetos mais representativos foram Louis Sullivan e os integrantes da Escola de Chicago.
Em Portugal, os arquitetos e engenheiros que, no fim do século XIX e início do XX, incorporaram os novos materiais às construções lisboetas, têm uma clara influência da França. José Luís Monteiro (1849-1942) é autor do design da Estação do Rossio (1886-1887) e do Hotel Avenida Palace (1890-1892). O elevador de Santa Justa foi projetado por Raoul Mesnier du Ponsard, em 1900. A ponte Dona Maria Pia, no Porto, construída entre 1876 e 1877, foi desenhada por Gustave Eiffel.
3. ART NOUVEAU
O estilo conhecido como art nouveau, nome derivado da loja parisiense Maison de l’Art Nouveau, surgiu no início da década de 1890 em vários países, nos quais adotou diferentes denominações: Jungendstile na Alemanha; estilo Sezession na Áustria; modern style na Inglaterra; stile Liberty na Itália; arte nova em Portugal; e modernismo na Espanha.
O mérito deste movimento foi estender a noção de arte a objetos antes considerados simplesmente utilitários, como móveis e acessórios próprios da decoração de interiores, e procurar uma maior liberdade criativa na imitação das formas orgânicas da natureza.
Entre os seus representantes destacam-se os belgas Victor Horta e Henry van de Velde, que exerceram profunda influência na arquitetura racionalista posterior; o francês Hector Guimard, criador dos acessos às estações de metrô de Paris; os arquitetos vienenses Otto Wagner, Joseph Maria Olbrich e Joseph Hoffmann; Antoni Gaudí, modernista catalão cuja obra A sagrada família teve início em 1883. Na Escócia, Charles Rennie Mackintosh idealizou a Glasgow School of Art (1887-1889; transformada em biblioteca entre 1907 e 1909) com uma sintaxe retilínea, que culmina na audaz fachada de ferro e vidro.
4. FRANK LLOYD RIGHT
Após sua etapa de formação no ateliê de Louis Sullivan, iniciou sua trajetória como profissional independente em 1900. Projetou um tipo de residências unifamiliares chamadas de prairie houses (casas da pradaria), entre elas a casa Robie (1908), em Chicago.
Mais do que nos Estados Unidos, sua estética foi bem acolhida na Holanda, onde os princípios racionais e a composição baseada em poderosos planos perpendiculares exerceram uma grande influência no movimento neoplasticista. Wright adaptou a casa ao terreno e fez construir uma grande lareira central, deixando ao redor dela um espaço fluido contínuo. Principal expoente da arquitetura orgânica, um dos seus últimos projetos foi o Museu Solomon Guggenheim de Nova York (1946-1959).
5. DE STIJL
De Stijl (O estilo) foi o nome de uma revista que reuniu o grupo de artistas neoplasticistas holandeses, em 1919. Seus representantes mais destacados, além dos pintores Piet Mondrian e Theo van Doesburg, foram os arquitetos Jacobus Johannes Pieter Oud e Gerrit Tietveld (também designer de móveis), criadores da casa Schröder, entre 1924 e 1925.
Esta obra resume os critérios abstracionistas do movimento: volumes gerados pela interseção ortogonal de planos independentes, pintados com cores primárias; eliminação do ornamento e da simetria; e repetição. A disciplina geométrica de De Stijl é um dos traços fundamentais do racionalismo moderno.
6. A BAUHAUS
Na Alemanha e na Áustria, houve também arquitetos inovadores. Otto Wagner enfatizou a função, a textura do material e a claridade estrutural. Adolf Loos defendeu o uso das formas geométricas. Os esforços destes criadores, destinados a encontrar uma linguagem para a nova era industrial, culminaram na obra do alemão Walter Gropius, designado diretor da Escola de Arte de Weimar depois da I Guerra Mundial. Junto com Adolf Meyer, tinha se destacado pelos projetos para a construção de fábricas.
A Escola de Weimar, chamada de Bauhaus, transferiu-se para Dessau, onde os novos edifícios (1925-1926) significaram uma síntese definitiva dos princípios do movimento moderno: janelas horizontais, muro-cortina de vidro, disposição racional e design global de todos os elementos. No ano seguinte, a tendência consolidou-se com as Weissenhof Siedlung (casas operárias), perto de Stuttgart, construções que contaram com a participação de vários arquitetos europeus e foram dirigidas por Ludwig Mies van der Rohe, sucessor de Hans Meyer à frente da Bauhaus. Van der Rohe era, como Gropius, discípulo de Peter Behrens.
1. Objetivos sociais da Bauhaus
Esta versão da arquitetura contemporânea contou com um programa social, decorrente da crise econômica que a Alemanha enfrentou após a I Guerra Mundial e da grave escassez de moradias nos grandes centros urbanos.
Durante a breve República de Weimar (1919-1933), as prefeituras socialistas de muitas cidades enfrentaram esses problemas, junto com vários arquitetos progressistas, como o testemunham os Siedlungen (bairros operários) de Viena, Berlim e Frankfurt. Com esse objetivo, foi pesquisado o conceito de Existenzminimum (mínimo espaço habitável), declarando que os conhecimentos técnicos deviam ser aplicados para melhorar as condições de vida do conjunto da sociedade e não apenas de uma elite.
2. Adoção das técnicas industriais
Sob este ponto de vista, os arquitetos com sensibilidade e consciência social se utilizaram dos materiais industriais e rejeitaram os materiais caros e exóticos, tentando aproveitar as qualidades expressivas dos recursos mais baratos. Com as estruturas de aço, por exemplo, os muros se transformaram em lâminas pouco espessas, às vezes transparentes graças aos fechamentos de vidro (muro-cortina).
Já não era preciso que os muros e os tabiques coincidissem com os pilares, ou que os ângulos dos edifícios fossem sólidos para resistir à tensão das forças dos elementos sustentados. Foi eliminado o princípio de simetria e controlaram-se meticulosamente as proporções.
Os arquitetos, pintores, designers e artesãos que fizeram parte da Bauhaus desenvolveram um interessante trabalho teórico no âmbito das artes visuais na sociedade industrial. No pavilhão alemão da Exposição Internacional de Barcelona, em 1929, Mies van der Rohe refletiu a busca da simplicidade através de estruturas de aço e finas placas de vidro combinadas com muros de ônix e um pódio de travertino, com um sistema compositivo em que é evidente a influência de De Stijl. Na casa Tugendhat, de 1930, em Brno, a nobreza dos materiais e a aplicação do princípio de economia expressiva (“menos é mais”) são traços distintivos de sua obra.
3. Dispersão da Bauhaus
Em 1933, o nazismo tomou o poder na Alemanha e a Bauhaus, símbolo da vanguarda alemã, foi fechada. Gropius e Mies van der Rohe se exilaram nos Estados Unidos. O primeiro foi professor desde 1937 até sua aposentadoria, em 1952, no departamento de Arquitetura da Universidade de Harvard, onde difundiu o conceito de design da Bauhaus. Seu discípulo Marcel Breuer, que o acompanhava, abandonou a tarefa docente para continuar em Nova York sua atividade como arquiteto.
Os edifícios de Breuer, como o Whitney Museum of Modern Art (1966), conjugam o racionalismo da Bauhaus com uma imagem herdada do expressionismo alemão da década de 1910. Mies van der Rohe dirigiu o departamento de Arquitetura no Illinois Institute of Technology de Chicago, onde procurou definir uma nova tipologia do arranha-céu.
Os elementos comuns do arranha-céu — a estrutura de aço e o revestimento de vidro, ou seja, a utilização do muro-cortina — supuseram novos desafios arquitetônicos para Mies van der Rohe. São exemplos do seu esforço para encontrar uma solução o prédio de apartamentos de Lake Shore Drive (1951), em Chicago, e o edifício Seagram (1958), em Nova York, projetado em colaboração com Philip Johnson.
7. LE CORBUSIER
Durante as décadas de 1920 e 1930, a arquitetura de países como a França, a Inglaterra e os Estados Unidos esteve dominada pelo art déco, estilo frequente em edifícios públicos e na maioria dos arranha-céus norte-americanos, como o Empire State Building, de Nova York. Uma exceção foi Charles Édouard Jeanneret, apelidado Le Corbusier, um suíço francófono discípulo de Auguste Perret e Peter Behrens estabelecido em Paris.
1. Primeiras obras
Durante a década de 1920, Le Corbusier projetou uma série de residências unifamiliares para clientes cultos, que, assim como o arquiteto, achavam que a moradia moderna devia ser uma machine à habiter (máquina habitável), como é o caso da vila Saboye (1929-1930), em Poissy-sur-Seine, na França. Esta obra mostra os princípios da nova arquitetura: andar principal, separado do chão sobre pilotis; andar livre, sem nenhuma subordinação à estrutura; utilização de janelões horizontais para que entre muita luz; disposição de terraços ajardinados que permitam a vida ao ar livre. Outra das propostas inovadoras de Le Corbusier, com o objetivo de solucionar o problema da habitação operária, foi a de construir casas em série e cidades organizadas em altura (cidades-imóveis).
2. Obras da madurez
Após a II Guerra Mundial, Le Corbusier criou diferentes versões da chamada unidade habitacional (1946-1952), começando pelo edifício de Marselha. O arquiteto estava explorando todas as possibilidades do concreto armado como material de construção. Em lugar de usar os métodos de fechamento habituais nos arranha-céus, que consistiam em leves lâminas montadas sobre estruturas invisíveis, Le Corbusier chamou de novo a atenção para a expressividade dos fechamentos, concebendo o edifício como um objeto escultórico.
Os artistas tinham pensado na importância do concreto, mas sua popularização foi lenta devido à falta de soluções para sua aplicação mais precisa. Em 1901, o arquiteto e urbanista francês Tony Garnier elaborou um projeto de cidade para Lyon, publicado em 1918 com o título A cidade industrial, prevendo a utilização do concreto em grande escala.
Um dos precursores na exploração das possibilidades estruturais e formais do concreto armado foi Auguste Perret, o mestre de Le Corbusier. Constituem bons exemplos a igreja de Notre Dame du Raincy (1922-1923) e a reconstrução do porto de Havre depois da II Guerra Mundial. Le Corbusier também influiu através da sua obra escrita, como o livro Rumo a uma arquitetura (1927), que coleta vários artigos sobre suas ideias arquitetônicas. Entre outros exemplos de sua concepção, destacam-se o Pavilhão do Esprit Nouveau, na Exposição de artes decorativas, de Paris, em 1925; o palácio da Sociedade das Nações, de Genebra, em 1927; o palácio dos Soviets, de Moscou, em 1931.
3. Últimas obras
Sua produção teórica e prática inspirou outros arquitetos, sobretudo ingleses, para trabalhar num estilo que seria chamado de brutalismo, um termo derivado do francês béton brut (concreto bruto ou aparente). Durante a década de 1950, Le Corbusier projetou a construção da cidade de Chandigarh, a nova capital do Punjab. Últimos exemplos do seu trabalho arquitetônico são os três edifícios governamentais, erigidos na praça do Capitólio, além de duas construções religiosas na França: a capela (1950-1955) de Nôtre Dame du Haut, em Ronchamp, e o mosteiro dominicano (1956-1960) de La Tourette, em Eveux.
8. ARQUITETURA ESCANDINAVA
A aparição da arquitetura contemporânea na Escandinávia esteve ligada à obra de artistas inovadores, como o sueco Erik Asplund e o dinamarquês Arne Jacobsen.
O finlandês Eliel Saarinen se estabeleceu nos Estados Unidos em 1922, onde fundou uma escola de arte seguidora da tradição europeia, a Cranbrook Academy, perto de Detroit. Seu filho Eero, formado neste ambiente, chegou a ser um arquiteto brilhante nas décadas de 1940 e 1950: de 1957 é o Centro Técnico da General Motors em Warren, Michigan; o aeroporto internacional de Dulles, perto da cidade de Washington, foi terminado em 1963, dois anos depois da morte de Eero Saarinen.
O finlandês Alvar Aalto foi, sem dúvida, o arquiteto mais destacado. Embora nas suas primeiras obras, como a clínica de Paimio (1929-1933), tenha adotado uma linguagem racionalista retilínea e branca, manifestou logo seu talento expressivo. Recorreu para isso aos materiais finlandeses tradicionais — granito, tijolo, madeira, azulejo cerâmico e cobre —, enfatizando suas qualidades visuais com um critério onde o arquitetônico adquiria traços poéticos, apreciáveis na liberdade e a complexidade dos interiores; no interesse pela percepção luminosa dos ambientes, graças muitas vezes ao uso de lucarnas; na importância concedida à circulação entre os espaços. O Centro Cívico (1950-1952), na ilha de Säynätsalo (Finlândia), está organizado com lojas no térreo, sobre as quais são dispostas sóbrias moradias para as autoridades locais. A igreja (1956-1958), em Vuoksenniska (Finlândia), é uma solução poética decorrente de um complexo programa funcional, onde se combinam um lugar para o culto e um centro social.
9. OUTROS ARQUITETOS EUROPEUS
Na Espanha, com a instauração da Segunda República, em 1931, foram intensificados os contatos com a vanguarda europeia e a participação nos Ciam (Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna), iniciados em 1928. Houve, aliás, uma atmosfera favorável ao desenvolvimento do racionalismo arquitetônico, representado por Josep Lluís Sert, discípulo de Le Corbusier, e Félix Candela.
A guerra civil fez com que Sert se exilasse nos Estados Unidos e Candela, no México. O emprego do concreto armado continuou se desenvolvendo através dos esforços de engenheiros como o italiano Pier Luigi Nervi e o próprio Candela, que, na Espanha, fora discípulo de Eduardo Torroja, autor da impressionante cobertura das tribunas no Hipódromo da Zarzuela, em Madri (1935).
10. ARQUITETURA LATINO-AMERICANA
A arquitetura contemporânea consolidou-se na América Latina através do apoio de Le Corbusier a dois jovens arquitetos brasileiros: Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Entre os pioneiros que, desde finais da década de 1920, postulavam a renovação dos estilos historicistas, destacam-se Gregório Warchanchik e Afonso Reidy, também brasileiros, e o uruguaio Julio Vilamajó.
Após a II Guerra Mundial, surgiram outras figuras importantes, especialmente no México, onde os princípios do movimento se ligaram ao caráter colonial e à tradição pré-colombiana. Outros arquitetos latino-americanos destacados são Luis Barragán, Juan O’Gorman e Pedro Ramírez Vázquez, no México; Carlos Raúl Villanueva, na Venezuela; Rogelio Salmona, na Colômbia; e Eladio Dieste, no Uruguai.
11. LOUIS ISADORE KAHN
Norte-americano de origem estoniana, Louis Isadore Kahn admirava os sistemas construtivos romanos — como o das termas de Caracalla — e fez um estudo atento da história da arquitetura desde a Antiguidade até Claude Nicolas Ledoux (1736-1806), cujas propostas teóricas e realizações antecipam as tendências da arquitetura contemporânea.
Entre as obras mais importantes de Kahn destacam-se os laboratórios Richards (1958-1061), na Universidade da Pensilvânia; o Instituto Salk (1965), em La Jolla (Califórnia); o Instituto Indiano da Empresa (1975), em Ahmedabad (Índia); e os projetos da década de 1960 para Dacca, a capital de Bangladesh, como o edifício da Assembleia Nacional.
12. ARQUITETURA PÓS-MODERNISTA
Na década de 1960, surgiu entre muitos arquitetos um sentimento de rejeição do International Style, que tinha retrocedido a fórmulas monótonas e estéreis. Uma das correntes arquitetônicas que reage contra a ortodoxia do racionalismo é a chamada pós-modernista, ligada ao movimento filosófico do mesmo nome.
Abrange as tendências neo-historicistas de Ricardo Bofill ou de Óscar Tusquets, os traços extremos do desconstrutivismo de Frank Gehry ou Zaha Hadid, a ironia de Robert Venturi, Helmut John ou Michael Graves. O multifacetado Philip Johnson confirmou sua adesão ao pós-modernismo com o edifício AT&T (1982), de Nova York, um arranha-céu com um frontão quebrado.
13. ÚLTIMAS TENDÊNCIAS ARQUITETÔNICAS
Nas últimas décadas do século XX, tendências divergentes têm surgido no quadro arquitetônico, como o desconstrutivismo e o high-tech. Ao mesmo tempo, tem se iniciado uma revisão dos mestres das vanguardas e, portanto, uma recuperação dos postulados do modernismo.
Esta tendência é manifesta na obra de numerosos arquitetos, entre eles o holandês Rem Koolhas, o japonês Tadao Ando, o norte-americano Richard Meier, o espanhol Rafael Moneo e o português Álvaro Siza, que, em 1969, ficou entusiasmado com o livro de Robert Venturi Complexidade e contradição em arquitetura.