Algumas estrelas aumentam de brilho de forma espetacular em muito pouco tempo. Assim, estrelas que não eram visíveis a olho nu aparecem repentinamente no céu brilhando tanto quanto uma galáxia inteira.
O aumento de luminosidade está relacionado com explosões estelares, liberações maciças de energia. Em função do aumento de luminosidade, as estrelas que aumentam de brilho são denominadas novas ou supernovas.
Nas novas, a luminosidade aumenta até chegar a ser aproximadamente 10 mil vezes maior que a luminosidade do Sol. Nas supernovas, a luminosidade é dezenas ou centenas de milhões de vezes maior que a do Sol. Brilham mais que o conjunto de todas as outras estrelas da galáxia que as aloja.
Explosões estelares são ocasionalmente tão violentas e luminosas que astrônomos do passado foram capazes de observá-las, sem os complexos telescópios atualmente disponíveis. Às vezes, essas explosões são mortes de estrelas.
Novas
As novas são produzidas por explosões violentas na superfície de uma estrela anã branca que faz parte de um sistema binário. A anã branca (que é densa) atrai matéria da estrela companheira. O acúmulo da matéria na superfície promove um aumento da temperatura que acaba provocando a explosão.
Depois da explosão, o brilho da nova diminui paulatinamente durante várias semanas ou meses até alcançar o brilho que tinha antes da catástrofe. Mas a anã branca não é destruída: matéria da estrela companheira pode continuar a cair e produzir novas explosões. As novas recorrentes são estrelas nas quais várias novas foram observadas durante várias décadas.
Em nossa galáxia, são detectadas cinco ou seis novas ao ano. Murtas podem ser observadas com telescópios de astrônomos amadores.
Supernovas
As supernovas surgem a partir da explosão muito violenta do núcleo de uma estrela (e não apenas da superfície, como no caso das novas). A formação de uma supernova é um processo de morte da estrela: nesse caso, a estrela que sofre a explosão é destruída depois da catástrofe. Essa estrela emite em poucos meses a mesma energia emitida pelo Sol durante toda a vida.
Nas explosões de supernovas ocorrem reações nucleares que formam os átomos de muitos elementos pesados (ouro, prata, chumbo etc.) da tabela periódica.
São conhecidos dois tipos de supernovas. As supernovas de tipo I são produzidas em sistemas binários, de maneira análoga às novas. Mas, nesse caso, a explosão é muito mais intensa que naquelas. As supernovas de tipo II originam-se quando uma estrela com oito vezes mais a massa solar (normalmente uma supergigante vermelha) esgota o combustível nuclear.
Não é simples observar supernovas, já que se trata de um fenômeno relativamente pouco frequente. Somente seis supernovas foram detectadas em nossa galáxia nos últimos mil anos. Por outro lado, fora da Via Láctea, numerosas supernovas são observadas a cada ano. São denominadas supernovas extragalácticas.
Do ponto de vista do estudo do Universo, as supernovas têm uma curiosa utilidade: observou-se que a luminosidade (e, consequentemente, a magnitude absoluta) de diferentes supernovas do tipo I é praticamente a mesma. Portanto, a partir do valor numérico da magnitude absoluta e da magnitude aparente, pode-se calcular a distância entre nossa galáxia e a região na qual a supernova foi observada.
Por: Paulo Magno da Costa Torres