Adolf Hitler nasceu no dia 20 de abril de 1889, cidade de Braunau na Áustria e morreu (suicidou-se) no dia 30 de abril de 1945 em Berlim na Alemanha. Sua infância viveu nas proximidades da cidade de Linz. Era filho de um funcionário público, que almejava o mesmo futuro para o filho. Quando falava de sua mãe era com grande sentimentalismo, costumava dizer que a única vez que chorou foi na ocasião da morte da sua mãe.
Quando estudante fora um criador de motins, e sua leitura predileta eram acerca de assuntos militares (guerra franco-alemã). Quando jovem revoltou-se com o seu pai e resolveu não seguir a carreira pública, quis ser pintor, ofício no qual não foi bem sucedido, pois não conseguiu ingressar na Academia de Belas Artes de Viena. Ingressou no exército, lutou na primeira guerra mundial na condição de cabo, conseguindo condecorações raras para sua simples posição.
Quanto a suas ideias políticas, houve uma época que simpatizou com a social democracia devido ao sufrágio universal, que ameaçava a dinastia dos Habsburgo, a qual ele odiava. No entanto, não aceitava a ênfase dada a diferença de classes, negação da nação, religião, propriedade e moral…Seu ídolo era Otto Bismark, por ter unido a nação Alemã e ter lutado contra a dinastia Austríaca.
Terminada a primeira guerra, é encarregado como funcionário da política de Munique de investigar o Partido dos Trabalhadores Alemães, pois tinha-se suspeita que este fosse comunista. Mas só que passada a primeira reunião Hitler já é um membro filiado do partido. E em 1920 lança as bases do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. O NAZI de onde advém a palavra tão conhecida NAZISMO.
Em uma sociedade desestruturada pela guerra, com famintos e desempregada, lança sua plataforma de ação com um plano político e econômico baseado em 25 itens:
- reunião de todos os Alemães na Grande Alemanha;
- abolição do Tratado de Versalhes;
- reivindicação do espaço vital;
- definição de cidadão: só quem for de sangue Alemão;
- exclusão dos Judeus da comunidade Alemã;
- quem não for cidadão estará sujeito às leis dos estrangeiros;
- quem não for cidadão poderá ser expulso no caso de o Estado não estar em condições de assegurar alimentos à população Alemã;
- os cargos públicos estão reservados aos cidadãos;
- o direito e o dever de trabalho;
- a abolição das rendas não derivadas do trabalho;
- eliminação da escravidão do interesse;
- confisco dos lucros de guerra;
- nacionalização das industrias monopolistas;
- participação dos trabalhadores nos lucros das grandes empresas;
- incremento da previdência para a velhice;
- fortalecimento da classe média;
- reforma agrária;
- punição dos usuários, açambarcadores, traficantes do mercado-negro com a pena de morte;
- substituição do direito romano por um direito Alemão;
- reforma da escola num sentido nacionalista;
- proteção da mãe e da criança;
- criação de um exército popular;
- limitação da liberdade de imprensa e de arte;
- liberdade de credo religioso, desde que não contrarie a moralidade da raça germânica;
- criação de uma forte autoridade central o Reich.”9
Neste programa, acima, está clara a ideia de centralização do poder, e antissemitismo, mas também devemos levar em consideração ideias muito coerentes como a da reforma agrária, previdência social, participação nos lucros e muitas outras já citadas. Nem todo projeto ou sistema é totalmente arbitrário e cruel.
Quando Hitler em 1921, é nomeado presidente do partido, faz comícios, com o intuito de mobilizar as massas. Sendo que estas massas estão descontentes com o Tratado de Versalhes e a inflação exorbitante. É neste momento que ele tenta conquistar o governo da Baviera, falha e é condenado a 5 anos de prisão na fortaleza de Landsberg. Na prisão ele ficou apenas 9 meses, os quais foram suficientes para ele escrever as bases de sua doutrina, na obra intitulada “Mein kamff” (minha luta) ideias as quais já estão citadas nas 25 metas. Mas com a leitura da obra podemos dizer que ele dá maior ênfase a dois assuntos Raça e Terra. Ou seja o espaço vital, que mais tarde vai ser um pretexto para a guerra. Também podemos colocar como importante o fato de ele esboçar uma ditadura, quando fala da necessidade de uma mão forte que governe em nome de todos. Ideia que claramente contradiz o liberalismo democrático. E mostra a tendência ao autoritarismo que se torna fato anos mais tarde. Também não podemos somente chamá-lo de totalmente louco e mau certamente Hitler tinha ideias boas e coerentes.
O pensamento social de Hitler:
Como já afirmado não podemos depreciar uma pessoa sem saber qual as ideias ele cultiva. Hitler, na sua juventude, em Viena tinha um pensamento social como podemos ver na citação que segue:
“Em frente ao exército de oficiais, superiores, funcionários públicos, artistas e sábios, estendia-se um exército ainda maior, composto de trabalhadores (…) uma pobreza atroz. Diante dos palácios(…) perambulavam milhares de sem trabalho e por baixo desta via triunfal da velha Áustria, amontoavam-se os sem tecto(sic), no lusco fusco e na imundice dos canais(…).”
Nesta citação podemos ver a preocupação de Hitler, com a situação em que o povo encontrava-se, a pobreza, o descaso das autoridades. Isto também se deve ao fato de ele fazer parte desta classe empobrecida e excluída.
Além deste pensamento ele também primava por condições sociais sadias, educação porque somente quando se conhece é que se dá o devido valor, sendo que o tema em questão é a pátria Germânica.
Dando continuação, podemos relatar mais um pouco de sua biografia. Depois da noite de 1933 quando ele toma o poder a vida de Hitler confunde-se com a do país. Ele viveu com a caixeira Eva Braun, que lhe foi fiel até na morte. Segundo o que diz ele era indiferente ao luxo, não tinha vícios e exercia sobre as massas um poder hipnótico. No entanto quando em 1944 escapa de um atentado começa a mostrar um comportamento caduco, louco. Como exemplifica o fato de ele não sair mais de sua sala onde se mata com um tiro deixando seu país derrotado e devastado político e governante alemão e um dos ditadores mais poderosos do século XX. Transformou a Alemanha militarizando completamente a sua sociedade e levou o país à II Guerra Mundial. Utilizou o antissemitismo como pedra angular de sua propaganda e de sua política para fazer do nacional-socialismo um movimento de massas. A maior parte da Europa e o norte da África estiveram sob o seu domínio durante algum tempo. Foi o responsável pela execução de milhões de judeus e de indivíduos de outros povos, considerados como seres inferiores.
Permaneceu como cabo do exército até 1920 e dedicou-se integralmente ao Partido Operário Alemão, de tendência nacionalista, que nessa época havia sido rebatizado como Partido Operário Alemão Nacional-socialista (nazista). Em 1921 Hitler foi eleito presidente (Fuhrer) com poderes ditatoriais.
Em novembro de 1923, um momento de caos econômico e político, encabeçou uma revolta (putsch) em Munique contra a República de Weimar, na qual se autoproclamou chanceler de um novo regime autoritário. Condenado a cinco anos de prisão como líder do golpe de Estado, concentrou-se na redação de sua autobiografia: Mein Kampf (Minha Luta). Durante a crise econômica de 1929 conseguiu atrair o voto de milhões de cidadãos prometendo reconstruir uma Alemanha forte. Foi nomeado chanceler em janeiro de 1933.
As autoridades nazistas tomaram o controle da economia, dos meios de comunicação e de todas as atividades culturais. Hitler contava com a Gestapo e com as prisões e campos de concentração para intimidar seus opositores, embora a maioria dos alemães o aprovasse com entusiasmo.
Determinado a empreender a criação de seu império, enviou tropas a Renânia, uma região desmilitarizada, em 1936; anexou a Áustria e os Sudetos (1938); assinou o pacto de neutralidade germano-soviético, e atacou a Polônia em setembro de 1939, o que foi o estopim da II Guerra Mundial.
Com o passar do tempo a derrota foi se tornando inevitável. Em 1944, um grupo de oficiais tramou uma conspiração para assassiná-lo mas o plano fracassou. Finalmente, deixando atrás de si uma Alemanha invadida e derrotada, suicidou-se em seu bunker de Berlim, em 30 de abril de 1945.
Noite dos Longos Punhais, ou das Facas Longas, cruel eliminação levada a efeito na noite de 30 de junho até 1º de julho de 1934 por ordem do líder nazista e chanceler alemã Adolf Hitler, o general Hermann Wilhelm Goering e o dirigente das SS, Heinrich Himmler, em que vários membros do Partido Nacional Socialista (nazista) foram assassinados.
Holocausto, termo que, originariamente, designava um rito religioso no qual uma pessoa era queimada inteira. Ao ser usado como nome próprio, remete à política de extermínio dos judeus, residentes na Europa, desenvolvida pela Alemanha nazista.
Quando o regime nazista chegou ao poder, em janeiro de 1933, adotaram de imediato medidas sistemáticas contra os judeus, considerados como não pertencentes à raça ariana. Os órgãos do governo, os bancos e o comércio uniram esforços para afastá-los da vida econômica. A transferência contratual de empresas judias a novos proprietários alemães recebia o nome de “arianização”. Em novembro de 1938 todas as sinagogas da Alemanha foram incendiadas, destruídas as lojas de comerciantes judeus e milhares deles aprisionados. Este acontecimento, conhecido como a Noite dos Cristais (Kristallnacht) marcou o início da política de extermínio da raça judia na Europa.
Ao ter início a II Guerra Mundial, o exército alemão ocupou a metade ocidental da Polônia. Os judeus poloneses foram obrigados a transferir-se para guetos que já se assemelhavam a campos de concentração. Em junho de 1941, os exércitos alemães invadiram a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), realizando execuções em massa de judeus no território recém-ocupado. Um mês depois Hermann Wilhelm Goering ordenou a execução da ‘solução final da questão judaica’. E foi criado um novo método de extermínio: os campos de concentração.
Na Polônia foram construídos campos, equipados com instalações de gás com imensos crematórios para incinerar os corpos das vítimas, apagando vestígios do extermínio. As deportações foram realizadas em toda a Europa ocupada pelos alemães, muitas das quais gerando problemas políticos e administrativos. As mais numerosas aconteceram, durante o verão e o outono de 1942, para os campos de Kulmhof (Che³mno), Belzec, Sobibor, Treblinka, Lublin (Maydanek) e Auschwitz. O transporte das vítimas para os ‘ campos da morte’ era feito por trem e, sempre que possível, os alemães tomavam posse de todos os pertences dos deportados. O número de vítimas de Auschwitz ultrapassou a cifra de um milhão.
Ao terminar a guerra, milhões de judeus, eslavos, ciganos, homossexuais, testemunhas de jeová, comunistas e pessoas pertencentes a outros grupos haviam morrido no Holocausto. Mais de cinco milhões de judeus foram assassinados. Ao final da guerra inúmeros dirigentes nazistas foram condenados, alguns executados, por um Tribunal Internacional de Crimes de Guerra e, três anos depois, foi criado o Estado de Israel.