Principal teórico do neoliberalismo da escola de Chicago, Milton Friedman criticou as teorias de John Maynard Keynes e influenciou fortemente a política econômica dos países de livre mercado, nas três últimas décadas do século XX.
Milton Friedman nasceu em Nova York, Estados Unidos, em 31 de julho de 1912. Professor de economia da Universidade de Chicago a partir de 1946, publicou em 1953 Essays in Positive Economics (Ensaios de economia positiva) e, três anos depois, um artigo que se tornaria célebre, “The Quantity Theory: A Restatement” (1956; “Nova formulação da teoria quantitativa”), em que defendeu as propostas da escola clássica dos séculos XVIII e XIX. Em oposição à tese de Keynes, Friedman afirmou que a evolução da atividade econômica dependia menos dos investimentos que da oferta monetária e das taxas de juros. O conjunto de suas teorias ficou conhecido como monetarismo.
Milton Friedman desenvolveu a doutrina monetarista em A Theory of Consumptive Function (1957; Teoria da função de consumo) e, sobretudo, em A Monetary History of the United States, 1867-1960 (1963; História monetária dos Estados Unidos).
Em Capitalism and Freedom (1962; Capitalismo e liberdade), obra escrita em colaboração com sua esposa, Rose D. Friedman, defendeu o liberalismo econômico clássico. Entre seus livros destacam-se ainda Dollars and Deficits (1968; Dólares e déficits), sobre as causas e consequências da inflação, e Monetary Trends of the United States and the United Kingdom (1981; Tendências monetárias dos Estados Unidos e do Reino Unido).
Milton Friedman desenvolveu também intensa atividade jornalística e foi conselheiro do Banco Federal da Reserva dos Estados Unidos e assessor do presidente Richard Nixon. Em 1976 recebeu o Prêmio Nobel de economia.