A camuflagem é um termo que corresponde a qualquer ato de dissimular, de fazer-se passar despercebido, podendo ser feita também através de disfarce, pintura, galhos de árvores.
Ao longo de milhões de anos, a natureza selecionou diferentes estratégias para a sobrevivência das espécies. É como brincar de esconde-esconde, em que o melhor jogador é aquele que possui as melhores estratégias: conseguir correr muito rápido ou encontrar os melhores esconderijos para não ser visto.
Alguns animais possuem velocidade e são capazes de correr, voar ou nadar rapidamente para caçar ou fugir dos caçadores. Outros animais possuem excelentes esconderijos, em galhos muito altos, cavernas e tocas bem escondidas. E, ainda, há aqueles animais que dominam a fascinante arte do disfarce: a camuflagem!
Tipos de camuflagem animal
Há dois tipos de camuflagem na natureza, a homotipia (animais semelhantes a estruturas do ambiente) e o homocromia (a coloração dos animais variam conforme o ambiente). Veja exemplos:
Homotipia
Um animal está camuflado quando está disfarçado em meio ao ambiente em que vive e passa desapercebido por seus predadores ou por suas presas. Para esses animais, o melhor esconderijo não é um lugar escondido, mas é o próprio lugar em que vivem, já que possuem o formato do corpo ou as cores do ambiente que está a sua volta, disfarçando-se na própria natureza. Essa é a forma mais simples de camuflagem.
Se o animal vive na copa das árvores e for verde, é facilmente confundido com as próprias folhas. Alguns insetos, inclusive, têm as asas em formato de folha (bicho-folha). Se vive em rochas e tem as tonalidades daquelas rochas, é como se estivesse escondido, mesmo sem estar entocado. Se vive no deserto e tem a cor da areia, dificilmente outros animais vão distingui-lo naquele ambiente.
Por esse motivo, os ursos-polares tiveram, e ainda têm, tanto sucesso em sobreviver na neve. Por serem branquinhos como a neve, suas presas têm maior dificuldade para perceber que ele se aproxima. Quando percebem, já não há mais tempo para fugir!
Homocromia
Outra forma de se camuflar, porém mais elaborada, é a que o camaleão utiliza. Se ele está em meio às folhas verdes de uma árvore, suas escamas colorem-se de verde. Quando ele muda de ambiente e se aproxima do tronco, por exemplo, suas escamas tornam-se marrons.
Isso ocorre graças à atividade de células que ele possui próximo às escamas, chamadas de cromatóforos, que têm a capacidade de deslocar os pigmentos de acordo com o ambiente em que o animal se encontra. Mas, apesar de apenas os camaleões serem famosos por esse poder, alguns moluscos, como o polvo, e diversas espécies de peixes e anfíbios também apresentam essa capacidade que oferece grande vantagem.
Outra espécie que utiliza a camuflagem de um modo muito interessante é a raposa-do-ártico. Assim como o urso-polar, ela vive na neve e apresenta pelagem branquinha disfarçando-se de suas presas. Mas, com a chegada do verão e o derretimento da neve, o ambiente muda de coloração. Nessa época, as raposas perdem a pelagem branca adquirindo nova coloração em tons de marrom.
Mimetismo
Há, ainda, um outro tipo de disfarce na natureza, que recebe o nome de mimetismo. Isso ocorre quando alguns animais imitam outros animais ou se parecem com eles, mais assustadores, perigosos ou venenosos. É o caso da cobra-coral-falsa, que não é peçonhenta, mas possui o mesmo padrão.