As cianobactérias são seres unicelulares com organização procariótica. Pertencem, portanto, ao reino Monera. São micro-organismos, ou seja, só podem ser vistas com um microscópio.
Muitos de seus representantes são causadores de doenças; outros são de grande importância ecológica e alguns têm destaque na indústria de alimentos e na indústria farmacêutica.
Uma célula bacteriana apresenta organização muito simples: parede celular, membrana plasmática, citoplasma, hialoplasma, ribossomos, material genético e, às vezes, plasmídeos.
As cianobactérias são organismos muito antigos, surgidos na Terra há 3,5 bilhões de anos. Provavelmente, foram os primeiros organismos fotossintetizantes, responsáveis pelo acúmulo de oxigênio (O2) na atmosfera primitiva e pelo aparecimento do ozônio (O3), que retém parte da radiação ultravioleta.
Além de importantes para a produção de oxigênio, algumas delas, como as dos gêneros Nostoc e Anabaena, têm a capacidade de absorver e fixar o nitrogênio do ar atmosférico. (Veja mais em: Ciclo do Nitrogênio).
Podemos chamá-las de pioneiras, uma vez que são os primeiros seres vivos a colonizar um ecossistema ainda em formação.
São capazes de se desenvolver em rochas nuas, solos, água, pois produzem a matéria orgânica de que necessitam (autótrofas), possibilitando a instalação, mais tarde, de outros seres vi vos.
Encontram-se nos mais variados ambientes: nos oceanos, na água doce, em solos úmidos, em troncos de árvores, sobre rochas, associadas a fungos, formando os líquens, e até mesmo em fontes termais de altas temperaturas. Podem se apresentar como simples células isoladas ou então agrupadas em colônias, e algumas têm células enfileiradas com uma camada gelatinosa transparente.
As cianobactérias não têm cloroplasto, mas apresentam, além da clorofila (pigmento verde), outros pigmentos, como azul, laranja, marrom, vermelho etc. No Mar Vermelho, algumas cianobactérias avermelhadas aparecem em tamanha quantidade que conferem essa cor à água.
Por: Wilson Teixeira Moutinho