Ecologia

Ecossistemas Aquáticos e Terrestres

Os ecossistemas terrestres e os aquáticos são caracterizados pela coexistência dos seres vivos (componentes bióticos) e dos elementos não vivos (componentes abióticos), como água, solo e atmosfera, nos ambientes, mantendo complexas relações entre si.

Os ambientes terrestres são influenciados pelas temperaturas anuais e pelas médias de pluviosidade (quantidade de chuvas), características importantes para a sobrevivência dos seres vivos nesses ecossistemas.

A maior parte da diversidade de vida do planeta encontra-se nos ecossistemas aquáticos. As propriedades físico-químicas das águas influenciam o tipo de vida nelas existente.

Ecossistemas aquáticos

Os ambientes dos ecossistemas aquáticos variam de acordo com suas propriedades físico-químicas, como temperatura, concentração de sais minerais dissolvidos (salinidade), quantidade de gás oxigênio dissolvido (oxigenação), acidez, quantidade de partículas (turbidez) em suspensão e capacidade da penetração da luz solar na coluna de água (luminosidade). Eles podem ser dulcícolas ou marinhos.

Ecossistemas dulcícolas

Os ecossistemas dulcícolas são formados pelo conjunto de seres vivos que vivem em águas doces, como lagos, lagoas, rios, córregos etc. Uma característica importante que diferencia esses ecossistemas entre si é a movimentação da água.

Zona lêntica: em um lago, por exemplo, as águas se movimentam pouco. As águas da superfície são aquecidas pelo Sol e, por serem menos densas que as águas frias do fundo, tendem a permanecer na superfície.  Já as águas mais profundas recebem menos radiação solar e, portanto, são mais frias e mais densas, permanecendo no fundo. É possível perceber essa diferença de temperatura na coluna de água ao entrarmos devagar em uma piscina ou em um lago, em um dia quente e ensolarado.

Ecossistema aquático do tipo dulcícola.
Os lagos costumam ser definidos como corpos de água cercados por terra, normalmente resultantes de longos processos de modificação do relevo.

Zona lótica: os rios, por sua vez, podem ter águas mais movimentadas. Nos rios que possuem grandes volumes de água e que estão em terrenos inclinados, as águas movem-se com bastante força, carregando sedimentos que tornam a água mais turva. Em outros casos, em que o volume das águas é pequeno e a velocidade delas é baixa, as partículas se depositam no fundo do rio, o que torna a água mais transparente, permitindo a entrada de luz em áreas mais profundas.

Os lagos fazem parte do ecossistema aquático.
Os rios são os cursos de água naturais que correm de uma parte mais elevada para uma mais baixa. Eles podem desaguar em outro rio, em um lago ou no mar.

Zona úmida: os alagados são áreas onde o solo encontra-se saturado de água, como por exemplo os pântanos.

Ecossistemas marinhos

Os ecossistemas marinhos representam a maior parte da superfície do planeta, abrigando grande diversidade de vida, superior à dos ecossistemas terrestres. De modo geral, os seres vivos que habitam os oceanos podem ser divididos em três grandes grupos: plâncton, nécton e bentos.

O plâncton é formado por seres microscópicos que habitam as superfícies das águas e são carregados pelas correntezas. Os seres planctônicos que realizam fotossíntese são chamados de fitoplâncton, como as algas microscópicas. Os seres microscópicos que não realizam fotossíntese são chamados de zooplâncton.

O nécton é formado pelos animais que se locomovem ativamente pela coluna de água, como peixes, tartarugas, baleias etc. O bentos é formado pelos seres vivos aderidos a um substrato no assoalho oceânico, como mexilhões, cracas, anêmonas, esponjas, corais, algas etc.

Ecossistemas aquáticos do tipo marinho.
Seres nectônicos e bentônicos.

Os ecossistemas de transição, como os manguezais, nos quais a água doce se encontra com a água salgada dos oceanos, são importantes por serem locais utilizados como “berçários” por muitos animais, que encontram nele uma região mais tranquila e segura para a deposição de seus ovos.

Ecossistemas terrestres

Nos ambientes de ecossistemas terrestres, a disponibilidade de água e as variações na temperatura são fatores abióticos determinantes para a diversidade de seres vivos.

A tundra e os desertos são regiões com temperaturas extremas e baixa pluviosidade. Os ecossistemas da tundra apresentam baixas temperaturas ao longo de todo o ano e, portanto, grande parte da água nessas regiões está em estado sólido.

Já os ecossistemas de desertos apresentam grande variação de temperatura ao longo de um dia e, assim, as águas dessas regiões encontram-se no estado de vapor em pequena quantidade, existindo em baixíssima quantidade no estado líquido.

Nos ecossistemas de taiga, as temperaturas são mais amenas, havendo pelo menos um período do ano mais chuvoso, que geralmente corresponde ao verão.

Já os ecossistemas de florestas temperadas são conhecidos por apresentarem quatro estações bem definidas, com temperaturas mais amenas que as da taiga, e chuvas mais bem distribuídas ao longo do ano. Essa região apresenta ainda invernos rigorosos, nos quais as águas congelam.

As florestas tropicais são os biomas com maior pluviosidade entre todos, com temperaturas amenas ao longo de todo ano. Em razão dessas características, é o ecossistema terrestre que abriga a maior diversidade de vida.

Os ecossistemas de savana e pradaria apresentam temperaturas amenas, porém com uma estação de estiagem definida, ou seja, com severa falta de chuvas.

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