Nossa civilização caracteriza-se pelo barulho. É muito difícil encontrarmos, principalmente nas cidades, um local de absoluto silêncio. Essa “contaminação” do ambiente por uma quantidade ensurdecedora de sons caracteriza a poluição sonora.
Nos grandes centros urbanos, os ruídos emitidos pelos veículos automotores constituem uma das maiores fontes de poluição sonora. Em São Paulo, para combater esse problema, a Cetesb tem estabelecido medidas efetivas de controle do ruído veicular, entre eles a introdução de parâmetros sonoros para a certificação de veículos novos e a fiscalização em campo dos veículos em uso.
Devido à exposição contínua a ruídos exagerados, muitas pessoas apresentam deficiências auditivas e outras são levadas ao estresse. A qualidade de vida se deteriora em função do excesso de poluição sonora a que estamos submetidos.
O nível de intensidade sonora está relacionado à quantidade de energia transportada por uma onda sonora. Sons contínuos de nível de intensidade sonora superior a 85 dB causam lesões irreversíveis à orelha (ou ouvido) humana. Se esse nível for superior a 110 dB, podemos ter, com uma curta exposição, perda temporária de audição; já com uma exposição prolongada, o resultado pode ser lesão irreversível nos nervos auditivos, com consequente surdez. Curtas exposições da orelha a sons com mais de 140 dB podem ocasionar a ruptura da membrana timpânica (ou tímpano).
A poluição sonora, além dos danos ao aparelho auditivo, interfere na comunicação entre as pessoas, reduz a eficiência no trabalho, causa estresse, acelera o ritmo cardíaco, aumenta a pressão arterial, baixa a imunidade do organismo e ocasiona problemas cardiovasculares.
Segundo a Cetesb, o padrão de nível de intensidade sonora aceitável numa área residencial seria no máximo de 55 dB, no período diurno, e de 50 dB, no período noturno. Em áreas industriais, deveríamos ter no máximo 70 dB, durante o dia, e 60 dB, durante à noite.
A medida do nível de intensidade sonora é feita pelo decibelímetro. Nesta foto, o técnico está utilizando o decibelímetro para medir o nível de intensidade sonora de um carro usado para propaganda, ele atinge 96 dB, muito acima do padrão aceitável.
Por: Renan Bardine
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