Síndrome de Turner
A Síndrome de Turner é uma falha genética onde existe a perda parcial ou total…
A quantidade e o tamanho dos cromossomos de uma espécie são constantes nos seus indivíduos.
No entanto, por diferentes fatores, podem ocorrer algumas alterações (mutações) no conjunto de cromossomos, o que gera graves doenças. Essas alterações causam conjuntos de sinais e sintomas clínicos (ou síndromes). Daí o nome de síndromes genéticas.
A incidência de indivíduos com síndromes genéticas é alta: 14% dos recém-nascidos tem um defeito congênito leve único, não valorizável, e 0,8 % tem dois defeitos. Os aumentos da incidência relativa das anomalias de ordem genética têm algumas causas: existe hoje maior acesso e capacidade de diagnóstico (mais especialistas e mais meios); a seleção natural deixa de ser operativa com crianças doentes que antes morriam cedo e atingem hoje a idade da procriação.
Durante vários anos foram feitas pesquisas sobre as síndromes genéticas e foram identificados mais de 50 tipos de doenças e aberrações cromossômicas dentre as quais destacamos algumas:
É uma doença hereditária caracterizada por um número de cromossomos maior do que o normal para a espécie humana. Ela é ligada à trissomia do cromossomo 21, ou seja, o indivíduo apresenta três cromossomos do par 21 em vez de apenas dois, somando 47 cromossomos no total.
Todas as células humanas apresentam 23 pares de cromossomos (numerados de 1 a 22, mais o par sexual), somando 46 cromossomos. No caso desta trissomia, o indivíduo tem três cromossomos 21 (e não apenas um par).
A principal característica externa dos portadores desta síndrome é o formato dos olhos, que apresenta fenda palpebral característica e epicanto (prega da pálpebra superior, sobre o ângulo interno do olho).
Outra consequência da Síndrome de Down é o retardo psicomotor (relacionado tanto à parte psicológica quanto aos movimentos do corpo)
Possuem alterações nos padrões de impressões digitais (nas mãos e nos pés), face plana, pescoço curto, mãos curtas, hipotonia muscular (músculos sem muita força). E em alguns casos, têm eritema (vermelhidão) nas bochechas e problemas cardíacos.
Trata-se de uma monossomia, ou seja, a falta de um dos cromossomos. As mulheres portadoras dessa síndrome apresentam apenas um dos cromossomos X.
Ocorre somente em indivíduos do sexo feminino com 44 cromossomos e apenas um cromossomo do par sexual, representado por XO (total de 45 cromossomos).
São mulheres baixas, geralmente estéreis e com pouco desenvolvimento das mamas, tórax largo com mamilos muito espaçados, com pescoço alado, em razão do excesso de pele nessa região, podendo apresentar retardamento mental. As mulheres com síndrome de Turner não apresentam cromatina sexual.
A síndrome de Turner não ocorre em meninos porque não existem homens com um cromossomo sexual a menos (que resultaria em 45 cromossomos, como ocorre na síndrome de Turner). Quando o par sexual está envolvido, a única possibilidade é de que a pessoa tenha apenas um cromossomo X (sendo, portanto, mulher). Se um embrião tiver 45 cromossomos, sendo apenas um cromossomo Y no par sexual, ele será do sexo masculino, mas este embrião será inviável (por isso não existem indivíduos assim).
A trissomia do 18 (47, XY, + 18) é conhecida como síndrome de Edwards e é a segunda trissomia autossômica mais comum (depois da trissomia do 21 ou síndrome de Down). Ocorre em 1/6000 crianças nascidas vivas.
Nos natimortos com malformações congênitas, é a anomalia mais comum.
Os pacientes com trissomia do 18 têm peso baixo para a idade gestacional (deficiência de crescimento pré-natal), aspecto facial característico, superposição de dedos com punho fechado na mão e o pé torto.
Outras anomalias menores podem ser orelhas pequenas com curvas pouco distintas, boca pequena e difícil de abrir, esterno curto e dedão do pé também curto. Ocorrem defeitos cardíacos (principalmente de septo interventricular), protrusão do intestino no cordão umbilical (onfalocele), hérnia e, às vezes, espinha bífida.
Cerca de metade das crianças com essa síndrome morrem no primeiro mês de vida e apenas 10% atingem 1 ano de idade. Eles geralmente apresentam pneumonia, predisposição a infecções, apneia, que, combinados com os defeitos cardíacos, os levam à morte precoce. Os que sobrevivem a esse período têm retardo acentuado e são incapazes de andar.
A trissomia do 13 (47, XY, + 13) é conhecida como síndrome de Patau e ocorre em 1/10000 nascimentos.
As malformações são bastante características, permitindo fácil reconhecimento clínico. Portadores dessa síndrome apresentam fendas orofaciais (boca e face), olhos pequenos e malformados (microftalmia), às vezes ausentes, e polidactilia (número de dedos maior do que 5). Ocorrem malformações do sistema nervoso central e retardo mental acentuado.
Os olhos são afastados (hipertelorismo ocular), as orelhas são malformadas. As mãos são cerradas, os pés têm plantas arqueadas e as palmas das mãos podem ter pregas simiescas (tipo de linha da mão característica). Em geral há defeitos cardíacos congênitos e defeitos urogenitais.
Cerca de 90% dos portadores dessa síndrome morrem no primeiro ano de vida e os que sobrevivem a esse período apresentam retardo grave, não progredindo em seu desenvolvimento além do que é possível para uma criança de 2 anos.
Trata-se de uma anomalia genética que só atinge os indivíduos de sexo masculino. Os afetados são 47, XXY, apresentando um cromossomo X extra.
Na anomalia, o homem apresenta-se com alta estatura, pênis e testículos pequenos e atrofiados, caracteres sexuais masculinos pouco desenvolvidos, infertilidade e retardamento mental.
exemplo de deleção ocorre na síndrome de Prader-Willi, alteração na qual sete genes do cromossomo 15 não estão presentes ou estão inativos.
Pessoas afetadas por essa doença apresentam atraso nas fases do desenvolvimento psicomotor, dificuldade de aprendizagem e de fala, hiperfagia (sensação excessiva de fome), entre outras condições.
Essa síndrome também pode ocorrer quando alelos são silenciados (em um efeito epigenético denominado imprinting genômico) e tornam-se inativados
A síndrome de Angelman é causada pela deleção ou inativação de genes do cromossomo 15 materno.
Essa anomalia ocorre no espaço entre 11 e 13 do braço “q” do cromossomo 15 ou quando ganha 2 cromossomos do pai.
As pessoas que apresentam esse tipo de anomalia têm alguns sintomas como: andar desajeitado, risadas frequentes, convulsões, perímetro cefálico pequeno e achatamento occipital. Não há prevalência de sexo entre os afetados.
A síndrome é caracterizada por: atraso no crescimento, a criança apresenta peculiar fragilidade com frequência, em brancos ela costuma apresentar hipopigmentação na pele, nos olhos e nos cabelos.
Ocorre em aproximadamente 1 para 160.000 a 200.000 nascidos vivos. Sua causa se encontra em uma mutação do gene FGFR2 durante o período de gestação, nos fatores de crescimento dos fibroblastos que ocorre durante o processo de formação dos gametas.
O crânio tem fusão prematura e é incapaz de desenvolver-se normalmente, o terço médio da face (área que vai da órbita do olho até o maxilar superior) parece retraída ou afundada, os dedos das mãos e dos pés tem vários graus. Essa síndrome foi classificada como anomalia craniofacial.
É causada mais frequentemente por comprometimento mental com caráter hereditário, afetando o desenvolvimento intelectual e o comportamento em geral de homens e mulheres.
A expressão “x” frágil deve-se a uma anomalia causada por um gene defeituoso localizada no cromossomo X, que por sua vez, passa a apresentar uma falha numa de suas partes. O X está presente no par de cromossomos que determina o sexo (xy nos homens e xx nas mulheres).
Os meninos e as meninas podem herdar um X frágil (normalmente de uma mãe portadora), mas os meninos, sem a influência da potencialidade dominante de um X normal, são muitos suscetíveis às consequências intelectuais ou comportamentais negativas.
A criança afetada parece correr um risco consideravelmente aumentado de retardo mental; as estimativas atuais são de que, entre os homens, 5 a 7 por cento de todos os retardos são causados por esta síndrome (Zigler e Hodapp, 1991).
Os portadores dessa síndrome são homens que apresentam um cromossomo Y extra, sendo considerados supermachos
A síndrome 47, XXY deve se originar de uma não-disjunção paterna na meiose II, produzindo espermatozoides YY (duas cromátides Y unidas pelo centrômero não se separam na anáfase II). Estes, ao fecundarem o óvulo X, resultam no indivíduo XXY.
Suas características fenotípicas estão dentro da normalidade. Podem apresentar estatura elevada e produção maior de testosterona, o que pode contribuir para comportamentos antissociais e agressivos, hiperatividade e dificuldade de aprendizado.
Geralmente são férteis e não podem ser identificados pelo teste da cromatina sexual, visto que apresentam somente um cromossomo X, como um homem normal.
A trissomia do X é encontrada em algumas mulheres, sendo denominadas superfêmeas.
A maioria apresenta as características fenotípicas dentro da normalidade, não sendo possível identificá-las somente pela estética.
Em poucas portadoras dessa síndrome, pode-se observar pouco desenvolvimento das genitálias e mamas e algum grau de retardamento mental. Geralmente são férteis e apresentam duas cromatinas sexuais.
As mulheres com quatro cromossomos X (48, XXXX) apresentam 3 corpúsculos de Barr e são apresenta grave retardo mental. Observa-se que, com o aumento dos cromossomos X, a inteligência é reduzida progressivamente.
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