Classificando os tecidos vegetais segundo sua função, formam-se seis grupos: protetores, embrionários, fundamentais, esqueléticos, condutores e secretores.
Em um ramo de árvore podem-se encontrar quase todos os tipos existentes de tecido vegetal. Cada tipo de tecido é especializado em uma função e a realiza com eficiência.
- Tecido epidérmico: Função protetora das folhas e dos caules
- Parênquima: Tecido fundamental fotossintético ou de armazenamento, presente em folhas ou tubérculos.
- Súber: Presente em caules e raízes velhas, com função protetora.
- Meristema: Tecido de crescimento, localizado nos ápices de caules e raízes.
- Tecido condutor: Presente no interior de caules, raízes e nervuras das folhas.
CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS VEGETAIS
Grupos | Tipos | Função |
Tecidos protetores | Tecido epidérmico e tecido suberoso ou súber | Proteger e impermeabilizar |
Tecidos embrionários | Tecido meristemático ou meristema | Desenvolvimento e crescimento da planta |
Tecidos fundamentais | Tecido parenquimático ou parênquima | Fotossíntese, armazenamento de substâncias |
Tecidos esqueléticos | Tecidos colenquimático e esclerenquimático | Sustentação |
Tecidos condutores | Tecidos lenhosos (xilema) e liberiano (floema) | Conduzir seiva |
Tecidos secretores | Tecido glandular | Secreção |
TECIDOS PROTETORES OU DE REVESTIMENTO
O tecido epidérmico recobre os caules e as raízes jovens. Protege a parte aérea da planta contra a dessecação e permite a absorção de água e de sais minerais através da parte subterrânea. É formado por uma única camada de células vivas.
O tecido suberoso, ou súber, protege a planta contra a perda de água e contra as temperaturas extremas. E encontrado em raízes e caules velhos.
O exemplo típico de súber é a cortiça do sobreiro (um tipo de carvalho). Esse tecido é formado por células mortas cujas paredes se espessaram, proporcionando resistência e proteção.
Saiba mais: Tecidos de Revestimento.
TECIDOS EMBRIONÁRIOS
O tecido meristemático ou meristema, é o responsável pelo crescimento e desenvolvimento das plantas. É constituído por células vivas, pequenas, com grandes núcleos, sem vacúolos (ou com vacúolos pequenos) e com parede celular delgada, que permite seu crescimento e divisão.
Localizam-se em sementes, nos ápices dos caules, nas gemas e também no interior de caules. Frequentemente, quando se observa ao microscópio, podem ser vistas células em divisão. Esse é o caso da imagem ao lado, que mostra a parte em crescimento da raiz de cebola.
Saiba mais: Meristemas.
TECIDOS FUNDAMENTAIS
São os parênquimas ou tecidos parenquimáticos. Têm diversas funções: realizar fotossíntese (parênquima clorofiliano), armazenar substâncias, como amido e óleo (parênquima de reserva), e acumular água (parênquima aquífero) ou ar (parênquima aerífero). O tecido do interior de uma folha é o parênquima clorofiliano.
A imagem ao lado mostra diversos parênquimas de reserva em uma semente.
Saiba mais: Parênquimas.
TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO OU ESQUELÉTICOS
São o colênquima e o esclerênquima.
O colênquima, ou tecido colenquimático, sustenta caules jovens e pecíolos (cabos) de folhas.
O esclerênquima aparece em órgãos protetores, como o caroço do pêssego, a cobertura protetora da semente.
Saiba mais: Tecidos de sustentação.
TECIDOS SECRETORES
É o chamado tecido glandular. A função do tecido glandular é a secreção de substâncias. A chave desse tecido são as células secretoras, capazes de produzir algumas substâncias ou concentrar e armazenar outras. As secreções podem ser expulsas para o exterior ou para o interior da planta.
Há vários tipos de órgãos glandulares nas plantas: alguns são pelos, outros são tubos que contêm látex, por exemplo.
TECIDOS CONDUTORES
São os que transportam substâncias pelo interior das plantas. Existem dois tipos básicos, o xilema e o floema.
O xilema, ou tecido lenhoso, transporta a seiva bruta, da raiz até as folhas.
O floema, ou tecido liberiano, transporta a seiva elaborada, produzida nas folhas, para os demais órgãos da planta.
As nervuras de uma folha são formadas por tecido condutor.
Saiba mais: Transporte de Seiva nas Plantas – Bruta e Elaborada