Cultura

Folclore Brasileiro

O Brasil, por ser um país de grande extensão territorial e muito diversificado em sua origem, colonização e imigração, possui um vasto conteúdo folclórico. Em cada região do país, são notáveis as suas diferenças e particularidades.

O folclore pode ser definido como o saber do povo ou sabedoria popular, isto é, a identidade cultural e social de cada povo, transmitido de geração em geração, na tradicionalidade, oralmente.

O Brasil possui um dos folclores mais ricos de todo o mundo. São danças, festas, comidas, obras de arte, superstições, comemorações e representações que, pelos quatro cantos do país, exaltam a nossa cultura.

Se o Sul e o Sudeste brasileiros são regiões em que as manifestações folclóricas têm ocorrido com menor intensidade, por causa de crescente industrialização das cidades, no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste do País as tradições se mantêm cada vez mais vivas.

Lendas do folclore brasileiro

O folclore brasileiro é rico em lendas e personagens. Transmitidas há várias gerações, essas histórias fascinam adultos e crianças. Conheça as principais.

Curupira

Defensor das matas, segundo a lenda o curupira é um índio pequeno, que surge e desaparece de repente. Tem pés virados para trás e faz ruídos misteriosos, para confundir e assustar os caçadores e os agressores das matas.

Boitatá

Descrito como um touro com um olho no meio da testa, essa história diz que o boitatá protege as matas das pessoas que a incendeiam.

Caipora

Originário da mitologia tupi-guarani, o Caipora é protetor da fauna e da flora. Caá, em tupi, significa mato, e pora, habitante.

Com o corpo coberto de pelos e cabelos longos, o Caipora percorre a floresta montado num porco-do-mato. Em Minas Gerais e São Paulo, diz-se que ele mata de cócegas quem não tem fumo ou cachaça para lhe dar. Para quem lhe oferece esses produtos, retribui com caça abundante.

Quem persegue ou mata animais prestes a dar à luz ou que amamentam seus filhotes, pode ser castigado pelo Caipora. A pessoa “amaldiçoada” terá problemas e azares.

No Paraná e na região do Vale do Paraíba (SP), o Caipora é representado por um homem peludo. No Maranhão e em Minas Gerais, por uma caboclinha (a caiporinha). Já em algumas regiões do Nordeste, o personagem é descrito como uma caboclinha com um olho só no meio da testa. Em Pernambuco, dizem que tem apenas um pé, redondo como um pé-de-garrafa, sempre acompanhado do cachorro Papa-Mel.

Iara

Divindade feminina de grande beleza, a Iara é protetora das águas dos rios, lagos, das cachoeiras e do mar.

Originária da mitologia tupi-guarani – representada por uma serpente enorme e esverdeada que vivia nas águas dos rios –, a figura da mãe-d’água se fundiu à das sereias da mitologia europeia, caracterizando uma linda mulher, de longos cabelos e dona de harmoniosa voz.

De acordo com o mito, em noites de lua cheia a Iara senta-se sobre as pedras próximas ao rio, penteando seus cabelos verdes com um pente de ouro. Seu lindo canto atrai os homens para o fundo das águas, onde fica seu palácio. O homem que ouve o canto da Iara enlouquece e perde sua alma para sempre.

Para se proteger do encantamento da Iara, os índios usavam um amuleto feito de pedrinhas verdes, lisas, em forma de rãs, chamado Uiraquitã ou Muiraquitã.

Saci-pererê

É o mais famoso personagem do folclore brasileiro. A história do saci-pererê conta que ele tem apenas uma perna, usa um gorro vermelho, vive fumando um cachimbo e aparece e desaparece quando quer. Sapeca por natureza, está sempre aprontando, além de assustar todas as pessoas que tentam destruir as florestas.

Negrinho do pastoreio

Segundo essa lenda, o negrinho do pastoreio perdeu alguns cavalos dos quais cuidava, e por isso apanhou violentamente de seu patrão. Depois disso, ainda foi jogado em um formigueiro, de onde foi resgatado por Nossa Senhora. Ele é conhecido como o protetor das pessoas que perdem alguma coisa.

Boto

Conta uma lenda amazônica que ao cair da noite o boto se transforma em um homem branco, forte e sedutor. Vestido com roupas elegantes e sempre de chapéu (para não mostrar o furo que tem na cabeça!), ele costuma aparecer em bailes e escolher uma moça bem bonita que ali esteja para jogar o seu charme. E as mulheres não resistem aos seus encantados.

Mas o romantismo só dura até a chegada da madrugada, momento em que o galanteador precisa voltar para a água e para a sua forma de boto, deixando a moça sozinha e totalmente apaixonada.

Anhanga

O Anhanga é um veadinho encantado, branco como a neve e brincalhão, vê tudo o que acontece na floresta, protege as matas, não permitindo maldades. Persegue e castiga todos aqueles que caçam filhotes os mães de filhotes que ainda estejam sendo amamentados.

Alguns estudiosos do folclore Brasileiro consideram-no protetor da fauna e flora, portanto muito querido pelos habitantes da floresta. Brinca com todos, desde as lindas borboletas coloridas, até aos mais ferozes vertebrados, nunca se machuca ou morre.

Em noites de luar, ele pode ser visto vagando pela floresta. Segundo a mitologia popular, qualquer pessoa atacada por um animal selvgem, pode salvar-se gritando: ”Valha-me Anhanga”.

Lenda da Mandioca

Nani era uma linda menina, filha de uma índia. Desde que nasceu andava e falava. De repente morreu sem ficar doente e sem sofrer. Foi enterrada e todos os dias sua sepultura era regada, até que nela surgiu uma planta desconhecida, que cresceu e deu frutos. Os pássaros comiam esses frutos e ficavam embriagados.

Finalmente, a terra abriu-se e os índios encontraram uma raiz branca como o corpo de Nani. Essa raiz, que passou a ser usada como alimento pelos selvagens, é a mandioca.

Lenda do Cari

Porque o peixe cari (carimatá ou papa-terra) tem a boca redondinha, beicinho caído? Foi um castigo. Nossa Senhora, passando pela beira do rio, fez uma pergunta ao peixe e este, ao invés de responder-lhe com respeito, deu um muxoso atrevido. O muxoso parou nos seus lábios até hoje.

Onça-da-mão-torta

Faz parte do Folclore Goiano. É a alma penada de um vaqueiro velho e mau. É uma onça enorme, rajada, e tem a pata dianteira torta. (Não diz se é a direita ou a esquerda.) Se vista e atirada, não morre. A bala não entra no seu corpo.

O Major e o moleque

Estória de um homem (Major), que negociou com o sujo para ficar rico. Tirou o moleque (um capetinha) de um ovo de galinha preta chocado no sovaco. Criou-o, alimentando com leite, cachaça e sangue de galinha preta. O Major ficou rico, mas lhe aconteceram grandes desgraças. Morreu pobre e o capetinha desapareceu. Sua alma ninguém sabe para onde foi.

Festas do folclore brasileiro

Festas Juninas

O Brasil ainda era colônia de Portugal quando as festas juninas começaram por aqui, trazidas pelos jesuítas para festejar os santos de junho: Antônio, João e Pedro, de acordo com a tradição da Igreja Católica.

Hoje, essas festas fazem parte do folclore e são as manifestações populares mais praticadas no Brasil; no Nordeste, são mais aguardadas e concorridas que o Natal.

É um evento em que todos comemoram, comem doces e comidas típicas, vestem-se a caráter e dançam quadrilhas.

O Carnaval

O Carnaval antigamente chamava-se, ”o entrudo”, onde a água, a farinha de trigo e o polvilho faziam a alegria de todos, fazendeiros e peões, brancos e negros.

O entrudo chegou até a ser proibido, pois a elite pretendia transformá-la numa festa particular, somente em salões. Um grupo de foliões de rua, surgiu em 1846, chamado de Zé Pereira com bumbos e tambores, fazendo grande barulho depois das 22 horas de sábado.

Depois surgiram os cordões, que começaram a se organizar e a desfilar pelas ruas do Rio de Janeiro. Existia cordão, só de homens, só de mulheres, ou de homens e mulheres, onde seja qual for, a influência negra sempre foi visível, principalmente negros fantasiados de índios, tocando instrumentos primitivos.

As escolas de samba são a maior atração do carnaval carioca. Os sambistas descem o morro, cantam e dançam nas ruas, com seus samba-enredo que falam tanto de personagens como de acontecimentos de nossa história.

A primeira escola de samba surgiu no bairro do Estácio, em 1928. Mas, somente em 1952 as escolas começaram a se organizar em sociedades civis com sede e regulamento. E quando o desfile começa, surge o abre-alas e o porta estandarte com uma faixa que diz ”O SAMBA SAÚDA O POVO E PEDE PASSAGEM”.

O carnaval atrai também ao Nordeste pessoas dos mais diversos lugares, com destaque para Salvador, na Bahia, com os carnavais de rua, e Olinda, Pernambuco, com o desfile dos Bonecos de Olinda, bonecos gigantes feitos de madeira, pano e papel.

Tornou-se a festa mais popular do país, contando hoje em dia com uma fama notável no exterior, onde muitos estrangeiros visitam o Brasil só para ver o nosso Carnaval.

Festas do boi

Boi-bumbá, bumba-meu-boi, boi-de-mamão, boi-surubi, boi-calemba, boi-de-reis. Inúmeras são as nomenclaturas dadas às festas que tem como figura central o boi.

A origem lendária: numa noite, mãe Catirina, grávida, sente um irresistível desejo de comer língua de boi. Com medo que o filho nascesse doente, Pai Francisco mata o boi preferido do patrão. Irritado, o Amo do Boi manda capturar e prender Pai Francisco. Depois de sofrer muito no cativeiro, Pai Francisco é libertado. Um padre e um médico ressuscitam o boi. O urro do animal, que volta à vida, é celebrado por todos os participantes, com muitas palmas, música e dança.

Com algumas variações regionais, esse é o enredo básico da festa do boi. A origem das festas também pode estar relacionada às histórias do ciclo do gado, nos séculos XVII e XVIII, época em que a atividade pecuária predominava no Brasil. O boi estava presente na literatura oral e em cantigas, principalmente no Nordeste, onde os rebanhos eram criados livres nos campos.

O folguedo do boi conserva quatro elementos distintos: o falado, o cantado, o orquestrado – com instrumentos simples de percussão, como maracas de lata, caixinhas, zabumbas – e o representado.

O termo ‘Boi‘ é usado tanto para se referir ao animal como ao grupo folclórico inteiro. O boi, confeccionado em tecido e espuma com estrutura de madeira, é movimentado por uma pessoa que fica dentro da armação, denominada Tripa.

As figuras centrais são: um Amo, Dona Maria, dois Vaqueiros, quatro Índios, Caboclos, Pai Francisco, Mãe Catirina, Cazumbá, Lamparineiros, Padre, Sacristão, Pajé, Dr. Veterinário, Dr. Curador, dois Rapazes, Tripa do Boi, Batuqueiros e Negro Velho.

Boi-Bumbá

Muito praticado no Brasil, o Bumba Meu Boi tem sua vertente na região Norte, chamada de Boi-Bumbá. É uma festividade folclórica com raízes nas encenações medievais europeias simples, com linguagem popular, representando as lutas entre o bem e o mal.

Há, ainda, o Festival de Parintins, no Amazonas. A cidade de Parintins é uma das principais responsáveis pela divulgação cultural do Boi-Bumbá, realiza- da desde 1913, e até existe um recinto especial para as apresentações do BoiBumbá na cidade, o bumbódromo (um estádio específico para o evento).

O festival é famoso principalmente por se apresentarem as associações Boi Garantido (vermelho) e Boi Caprichoso (azul), sendo destinadas a elas três horas para cada apresentação. Além da apresentação das associações, o festival aborda todo o folclore da região, como as comidas, festas, roupas, danças etc. Este festival atrai, anualmente, gente de todo o Brasil e do exterior.

Folia de Reis

A Folia de Reis é uma das várias comemorações de caráter religioso que se repetem há séculos em nosso país. Ela é realizada entre a época do Natal e o Dia de Reis, em 6 de janeiro.

Grupos de cantadores e músicos percorrem as ruas de pequenas cidades como Parati, no Rio de Janeiro, e Sabará, em Minas Gerais, entoando cânticos bíblicos que relembram a viagem dos três Reis Magos que foram a Belém dar boas-vindas ao Menino Jesus.

Círio de Nazaré

Uma das manifestações mais famosas da região Norte, conhecida mundialmente, é a festa de Círio de Nazaré. É a maior manifestação religiosa da Igreja Católica do Brasil e um dos maiores eventos religiosos do mundo.

A festa religiosa teve origem em Portugal, quando em 1377 o rei D. Fernando fundou um templo, o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, para guardar a imagem da Virgem Maria encontrada em Nazaré. A partir daquele ano, em 8 de setembro, anualmente, a população reúne-se no Sítio de Nazaré, para reverenciar Nossa Senhora da Nazaré.

A introdução da devoção à Senhora de Nazaré, no Pará, foi feita pelos padres jesuítas, no século XVII.

A festa é realizada em Belém do Pará desde 1793, no segundo domingo do mês de outubro.

Festa do Divino

De origem portuguesa e com características diferenciadas em cada região do Brasil, a Festa do Divino é composta de missas, novenas, procissões e shows com fogos de artifício.

Em cidades do Maranhão, bonecos gigantes divertem as crianças, enquanto grupos de cantadores visitam as casas dos fiéis recolhendo ofertas e donativos para a grande festa de Pentecostes.

Em Piracicaba, interior de São Paulo, as comemorações ocorrem em julho, às margens do Rio Piracicaba, reunindo milhares de pessoas.

Congada

A Congada, realizada em vários estados brasileiros, entre eles Paraná, Minas Gerais e Paraíba, representa a luta entre dois grupos, os cristãos e os mouros, os muçulmanos.

Eles marcham, cantam e simulam uma disputa com espadas, imitando uma guerra que termina com a derrota dos mouros. Criada pela Igreja Católica, essa encenação tem São Benedito como padroeiro. A música fica por conta de uma orquestra composta de violas, violões, cavaquinhos, reco-recos e atabaques.

Danças do folclore brasileiro

Catira

Estudada em Goiás por Luiz Heitor. É dança só de homens. Considerada versão do Catetetê paulista, é a mais brasileira de todas as danças, no dizer de Couto de Magalhães.

Ao som das violas, catireiros palmeiam e batem pés alternadamente, em evoluções variadas de entremeio ao canto da ”moda”, dançando logo a seguir o Recortado.

Uma boa Catira vara a noite nas festas das fazendas. Como explica Luiz Heitor, ”a grande arte dos catireiros está nos bate-pés e palmas, cujo ritmo é diferente a cada aparição de elementos coreográficos”. E arremata o Professor: ”A Catira é uma especialização coreográfica. Qualquer um não pode dançá-la”. E, acrescentamos, é preciso aprender desde menino.

Frevo

Ritmo e dança de rua e de salão típicos do Carnaval no Nordeste (especialmente Recife) e no Rio de Janeiro. Caracteriza-se pelo movimento ágil das pernas, que se dobram e se estiram freneticamente.

Seu nome vem da ideia de fervura: seguindo o ritmo frenético do frevo, a multidão chega a ferver. Trata-se de uma modalidade pernambucana da marcha, que se distingue da versão carioca porque nela predomina a melodia, pela importância do seu ritmo.

Musicalmente, apresenta-se sob a forma de diálogo entre trombones e pistões, de um lado, e clarinetes e saxofones, de outro. O calendário do Carnaval inclui um desfile dos clubes de frevo.

O grande interesse pelo ritmo está na sua coreografia, curiosamente individual. A multidão dança ao mesmo tempo, mas cada pessoa executa uma movimentação de passos própria, agitada e geralmente improvisada. Há também passos específicos, cujos nomes indicam movimentos característicos: parafuso, tesoura, dobradiça, saca-rolhas e outros.

Como dança de salão, é executado a dois, como uma marcha comum. Mesmo nesse caso, os pares se desfazem às vezes e formam uma roda, no centro da qual um dançarino é obrigado a fazer uma letra, ou seja, uma sucessão qualquer de passos. Depois, é substituído por outro e assim sucessivamente.

Fandango

O Fandango, também conhecido no Norte e Nordeste como Marujada, é um folguedo de origem portuguesa em homenagem às conquistas marítimas.

A encenação começa com a chegada de uma miniatura de barco a vela, puxada pela tripulação. Os personagens cantam e dançam ao som de instrumentos de corda. ”Marinheiros somos! Marujos do mar!” é uma das frases recitadas pela tripulação.

Cavalhada

A Cavalhada é um folguedo do qual participam cavaleiros divididos em grupos, ou cordões. Eles homenageiam os ricos homens europeus da Idade Média, que se exibam em cavalos.

Usando trajes especiais, executam manobras numa série de jogos. A Cavalhada acontece em Alagoas, com versões diferentes nos estados do Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.

Coisas de assustar

As assombrações e os seres sobrenaturais não existem, mas muitas são as histórias que fazem parte da imaginação das pessoas. Elas são transmitidas de pai para filho e muito comuns em todo o Brasil.

Mula-sem-cabeça

Mulher que se transforma em um horrendo animal – uma mula sem cabeça – por ter feito alguma maldade ou como castigo por ter namorado um padre.

Como vários personagens fantásticos, a Mula-sem-cabeça leva uma vida dupla. Durante o dia, é uma pacata mulher. Mas nas noites de quinta para sexta-feira vem a terrível transformação. Ao amanhecer, recupera sua forma feminina. Volta para casa arranhada, suja, descabelada, pálida e cansada.

Enquanto está transmutada, a Mula-sem-cabeça, também conhecida como Burra-do-padre ou Mula-de-fogo, comporta-se como uma verdadeira besta: relincha, dá coices que ferem como navalhadas e corre pelas estradas perseguindo boiadeiros, sertanejos e todos aqueles que encontra pela frente. Solta chispas de fogo. Um facho luminoso sai de sua cauda.

Dizem que o diabo, na forma de um vaqueiro, sobe em seu dorso, cavalgando-a madrugada adentro.

Bicho-papão

A lenda do bicho-papão diz que ele tem um corpo peludo e olhos vermelhos. Ele ficaria escondido para assustar as crianças que não querem dormir.

Lobisomem

O mito do lobisomem foi trazido ao Brasil pelos portugueses e diz que todo filho nascido depois de sete filhas se transforma em lobisomem. Essa transformação aconteceria sempre nas sextas-feiras de lua cheia, entre meia-noite e duas e meia da madrugada.

Trava-línguas

Trava-línguas ou quebra-línguas são formas de divertimento,para que as frases funcionem a pessoa deve repetir a frase por muitas vezes seguidas criando assim uma impossibilidade de comunicação. Exemplos:

  • Porco crespo, tôco pretro
  • Um Tigre,dois Tigres,três Tigres.
  • Três pratos de trigo para três Tigres.
  • Bagre branco, branco Bagre.
  • Pia o pinto, a pipa pinga
  • O Padre Pedro tem um prato de Prata.
    O Prato de Prata não é do Padre Pedro.
  • A aranha arranha a jarra,a jarra arranha a aranha.

Advinhas

Adivinhas são perguntas de caráter enigmático onde a resposta parece difícil de ser descoberta. As advinhas compreendem a adivinhação propriamente dita, pergunta enigmática e charada. Veja alguns exemplos :

  • Do tamanho de uma bolota enche a casa até a porta? (resposta: a luz)
  • Têm esporas sem ser cavaleiro, cava no chão e não e não acha dinheiro? (resposta : galo)
  • No mato fica falando, em casa fica calado? (resposta: machado)
  • O que é,o que é? cai de pé e corre deitado? (resposta: chuva)
  • O que é, o que é? quanto mais cresce menos se vê? (resposta: escuridão)

Nem tudo é folclore

O folclore é representado por tradições e crenças populares expressas das mais diversas formas. Para se tornarem folclore, é necessário que tenham origem anônima, ou seja, que ninguém saiba ao certo quem as criou.

Além disso, precisam ter surgido há muito tempo e ser divulgadas e praticadas por um grande número de pessoas. É o caso dos ditados populares, como “quem com ferro fere, com ferro será ferido”.

BIBLIOGRAFIA

  • Brasil, Histórias, Costumes e Lendas – São Paulo: Editora Três, 2000
  • Dicionário do Folclore Brasileiro – Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A. sem/data
  • Folclore Brasileiro – Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
  • Viagem ao Brasil Agassiz, Louis.: 1865-1866. Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1975

Por: Brenda Karoline de Oliveira Procopio

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