Alcoolismo (vício em álcool) antes de mais nada é apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a segunda doença que mais mata em todo o mundo.
Sobretudo caracterizada por uma dependência física e psicológica, é considerado um caso de saúde pública.
Por mais que o consumo de bebidas alcoólicas seja comum entre grande parte dos jovens, o vício doentio se mostra mais presente na população entre 30 a 55 anos.
Como resultado, ⅓ dos atendimentos realizados em prontos-socorros públicos no Brasil possuem vínculos com isto e 90% das internações por dependências químicas são sobre álcool.
Os efeitos nocivos do álcool
Bebidas alcoólicas provocam mudanças no comportamento de quem as consome além de causar dependência.
Estes motivos as enquadram como drogas psicotrópicas e sua comercialização é natural e legalizada.
Assim como todos os tipos de vícios que estamos aptos a desenvolver, o do álcool também caminha a passos lentos e um a cada dez consumidores se torna alcoólatra.
Como a cada dose o corpo se torna mais forte, a sede por experimentar a mesma sensação como da primeira vez fica cada vez mais difícil, o que leva a excessos de gastos e busca por produtos cada vez mais potencializados com a substância.
O álcool é tão poderoso que, além de servir de combustível para veículos, pode acarretar retardo mental, má formação do coração, crânio ou face de fetos caso alguma gestante faça utilização.
Para uma lista mais precisa do que mais pode estar em risco:
- Deficiência de vitaminas B1, B2, B6, B12 e C
- Problemas cardiorrespiratórios
- Gastrite
- Polineurite (inflamação de nervos)
- Úlceras
- Cirrose
- Impotência sexual
- Falência completa do rim
Um dia na pele de um alcoólatra
É fácil perceber como um alcoólatra sente-se bem apenas quando já possui ou sabe que conseguirá álcool em breve.
Em qualquer outro cenário, a vida social, profissional e familiar deles são incrivelmente prejudicadas.
Além dos sintomas descritos anteriormente, há diversos detalhes que acontecem devido à destruição do sistema nervoso do alcoólatra.
Tremores, suor excessivo, náuseas, insônia, ansiedade e muitas outras condições os impedem de progredirem e continuam buscando solução no que os destroem.
Estes efeitos possuem um termo específico chamado delirium tremens e, em casos extremos, causam até mesmo alucinações.
A abstinência, ou seja, o período que o viciado se mantém sem a ingestão de álcool é tão desesperador que até mesmo lapsos de memória ou tipos de paralisia são capazes de acontecerem.
Nestas piores situações que são raras mas não impossíveis, o nome é síndrome de Korsakoff.
O alcoólatra, seus familiares, amigos e o mundo
Preocupando a todos que tenham sentimentos por eles, a capacidade de causarem mal é nítida.
Além disso, seus tratamentos e atendimentos especializados são custosos para a família ou ao governo.
Esta dificuldade somada ao fácil acesso da substância aumenta ano a ano casos de violência e acidentes, principalmente de trânsito.
Tratamento do alcoolismo
Sim, tratamento.
A cura para o alcoolismo é possível apenas com um desejo muito forte do viciado pois não existe algo que possa ser feito ou ingerido para eliminar a dependência.
Para isto e assim como a ciência comprova, nada é melhor do que o apoio de outras pessoas, principalmente das que estão lutando contra o vício.
Por isto há inúmeros grupos espalhados pelo Brasil, facilmente encontrados em todas as mídias e muitos deles não cobram pela participação de novos membros.
Porém, como dito antes, é necessário muita atenção familiar e de amigos para que, com paciência, conscientizem e façam o viciado entender a situação que se encontra.
Mesmo assim, anos podem ter se passado e, em um momento de distração, toda a vontade pode voltar a atacar novamente.
Por: Alexandre Mendes de Oliveira