A cola de sapateiro é uma mistura de vários solventes orgânicos, entre eles há o tolueno, que é tóxico e destrói os neurônios, diminuindo a capacidade intelectual e limitando, desse modo, a memória, a atenção, a concentração, o ânimo e a produtividade. Um estudante, por exemplo, não consegue mais estudar; repete de ano e acaba abandonando os estudos.
Há alguns anos, um rapaz de família rica estava cheirando cola em seu quarto, quando desmaiou em cima da droga, continuando assim a aspirá-la de maneira incontrolada; acabou morrendo porque os centros nervosos reponsáveis pela respiração pararam de funcionar.
É preciso estar atento aos perigos da cola de sapateiro, pois, como se trata de um solvente, evapora-se facilmente, podendo ser inalada de modo acidental. Mas, por acidente ou não, numa intoxicação aguda, seus sintomas aprecem em quatro fases. É bom conhecê-los.
1ª fase: euforia, excitação, exaltação, tonturas, perturbações auditivas e visuais, náuseas, espirros, tosse, salivação, fotofobia, rubor na face.
2ª fase: depressão inicial do sistema nervoso central (SNC) com confusão, desorientação, perda de autocontrole, obnubilação (visão embaçada e nebulosa), diplopia (visão dupla), cólicas abdominais, dor de cabeça e palidez.
3ª fase: depressão média do SNC, incoordenação ocular e motora, ataxia, fala pastosa, reflexos deprimidos e nistagmo.
4ª fase: depressão profunda do SNC, atingindo a inconsciência, que vem acompanhada de sonhos estranhos, podendo ocorrer convulsões.
Nos casos crônicos, surgem prejuízos na memória, na destreza manual (alteração na reação dos estímulos), cansaço, dor de cabeça, confusão mental, incoordenação motora, fraqueza muscular, quedas (provocadas por lesão dos nervos motores), lesões irreversíveis no córtex cerebral, lesões nos brônquios e nos rins.