A eletrização por atrito, originalmente foi observada por Tales. Quando duas substâncias são atritadas, ocorre uma migração de elétrons de uma para outra. A que recebe elétrons adquire carga elétrica negativa (a antiga eletricidade resinosa ou negativa) e a outra, perdendo elétrons, adquire carga elétrica positiva (a antiga eletricidade vítrea ou positiva).
Por exemplo, ao se atritar uma barra de vidro num pano de lã, elétrons passam do vidro para a lã. Em consequência, a barra de vidro adquire carga elétrica positiva (perde elétrons) e o pano de lã adquire carga elétrica negativa (recebe elétrons).
Se, em vez da barra de vidro, atritarmos com a lã uma barra de resina, haverá a transferência de elétrons da lã para a resina. Então, a barra de resina adquire carga elétrica negativa (recebe elétrons) e o pano de lã adquire carga elétrica positiva (perde elétrons). Os esquemas seguintes ilustram o que acontece.
Se o corpo atritado é feito de material isolante, as cargas elétricas que nele se desenvolvem ficam confinadas à região atritada. Nas experiências consideradas, admitimos sempre corpos de materiais isolantes (vidro, resina, lã).
Entretanto, se o corpo é feito de material condutor (por exemplo, de metal), as cargas elétricas se espalham por todo o corpo, ocupando sempre a sua superfície externa, pois elas, sendo todas de mesmo nome ou sinal, repelem-se mutuamente, tendendo a ficar o mais longe possível umas das outras.
Se um operador quiser manter a eletrização de um condutor, terá de segurá-lo com um cabo isolante, pois, se não o fizer, todas as cargas irão se espalhar pelo seu corpo (que também é condutor), e daí por todos os materiais condutores com que ele estiver em contato, como, por exemplo, a terra. Diz-se, nesse caso, que o corpo está ligado à terra ou aterrado.
Genericamente, portanto, pode-se dizer que: Um condutor eletrizado perde sua eletrização (descarrega-se) ao ser ligado à terra.
Por: Renan Bardine