Mais de 500 grutas e cavernas já foram catalogadas em Minas Gerais. Formadas pela ação das águas sobre a rocha calcária, apenas três, Lapinha, Maquiné e Rei do Mato, são abertas ao público. As demais são conhecidas apenas pelos cientistas.
Gruta da Lapinha
A gruta da Lapinha fica na cidade de Lagoa Santa e supõe-se que tenha sido formada há cerca de 900 milhões de anos. Lá foram encontrados fósseis, como o crânio do Homem de Lagoa Santa, que teria vivido na região há 10 mil anos; e fósseis de animais pré-históricos, como o tigre dente-de-sabre e o tatu-gigante. Com 511 metros de extensão e 40 metros de profundidade, a Lapinha tem 16 salões fantásticos. No Salão da Catedral pode-se ver imagens formando santos, púlpitos e nichos. Há ainda a Sala das Pirâmides e a Galeria da Noiva, com formações que lembram um véu e um bolo de noiva.
Gruta de Maquiné
A Gruta de Maquiné fica na cidade de Cordisburgo, a 130 quilômetros de Belo Horizonte, onde nasceu o escritor João Guimarães Rosa. Tem 650 metros de extensão, sendo 440 abertos ao público. Os estalactites formam figuras espetaculares. A Galeria das Fadas é especial na sua delicadeza, com “cristais” brilhantes formando franjas, grinaldas e lustres. A Gruta de Maquiné é a maior de Minas, e nela também foram encontradas pedras, ossadas humanas e restos de animais pré-históricos.
Gruta Rei do Mato
A Gruta Rei do Mato fica na cidade de Sete Lagoas, a 62 quilômetros de Belo Horizonte. Tem 998 metros de extensão, dos quais apenas 220 estão abertos ao público. Possui estalactites, estalagmites e cascatas de pedra com brilho de cristal. A Rei do Mato ainda é uma gruta considerada “viva” pelos cientistas, porque continua se formando pela ação da água. Em um dos salões há um lago suspenso chamado Poço dos Desejos. O Salão das Raridades tem esse nome porque aí se encontram colunas idênticas, paralelas, formadas de cristais de calcita, com diâmetro de 30 centímetros e mais de 20 metros de altura. Até hoje, formações desse tipo só foram encontradas na Gruta de Altamira, na Espanha.
Autoria: Nadia Tero Chelegão