O deus dos ventos na mitologia grega é Éolo. De seu nome origina-se o termo energia eólica, para denominar a energia dos ventos, isto é, das correntes de ar que se estabelecem na atmosfera terrestre. Ela provém, na verdade, indiretamente da energia solar, pois os ventos são produzidos em virtude das diferenças de aquecimento nas distintas regiões da superfície de nosso planeta. Entretanto, o que nos interessa agora é analisar quais são as condições de aproveitamento da energia eólica para uso do ser humano.
As turbinas eólicas ou aeromotores são grandes cataventos de eixo horizontal, que possuem um rotor, constituído de uma haste giratória e das pás metálicas, de um multiplicador de velocidade e de um gerador eólico, cujos componentes se movimentam produzindo a eletricidade.
Para começar a funcionar, os ventos devem ter velocidade de no mínimo 3 m/s. Velocidades muito elevadas, por outro lado, podem danificar o equipamento. Entretanto, é possível, por meio da angulação das pás girantes, adequar o catavento às condições de vento existentes, de modo a tirar o máximo proveito possível.
Esquema de uma turbina eólica e do sistema de transmissão de energia: A energia eólica como a energia solar é considerada uma “energia limpa”.
Os custos de produção e de instalação vêm baixando significativamente nos últimos tempos, viabilizando cada vez mais a utilização dessa fonte alternativa de energia. Admite-se que o preço do quilowatt-hora de energia elétrica de origem eólica possa baixar ao nível de 8 centavos de dólar, um valor extremamente competitivo, comparado com outras fontes energéticas. Como a produção de energia eólica é intermitente, pois o sistema só funciona quando o vento sopra, um problema a ser considerado é o da armazenagem dessa energia. No entanto, as novas gerações de baterias e acumuladores tendem a superar esse obstáculo.
A produção de energia eólica para obtenção de energia elétrica cresceu num ritmo acentuado na década de 1990 em todo o planeta. Por exemplo, a Espanha, que até 1993 produzia somente 51 MW de energia eólica, no final desse mesmo ano alcançou a marca de 2.235 MW, tornando-se o terceiro produtor mundial desse tipo de energia, perdendo apenas para a Alemanha e os Estados Unidos, respectivamente líder e vice-líder no setor. A perspectiva é de que até 2010 a energia eólica constitua 20% da produção energética espanhola, o que representa a possibilidade de fechamento de, pelo menos, nove usinas nucleares.
Por: Renan Bardine
Veja também:
- Fontes Alternativas de Energia
- Matriz Energética
- Energia Hidrelétrica
- Energia Nuclear
- Energia Solar
- Energia da Biomassa