Geografia

O problema da distribuição de água

Se toda a água doce do planeta fosse distribuída para a população total, cerca de seis bilhões de pessoas, cada um de nós receberia uma cota de dois bilhões de litros de água.

Apenas para ter uma ideia do que isso significa, essa quantidade de água poderia encher 500.000 caminhões-tanque com capacidade de quatro toneladas, e eles, por sua vez, poderiam formar uma fila de 2500 quilômetros, aproximadamente seis vezes a distância Rio-São Paulo.

Visto dessa forma, parece que existe muita água para todos, não é mesmo? Mas infelizmente a situação não é tão agradável assim. Por razões geológicas, há no planeta regiões com muita água, enquanto outras são verdadeiros desertos. Outro agravante é o enorme consumo de água pelas industrias. A fabricação de uma simples latinha de refrigerante, por exemplo, necessita de, aproximadamente, 28 litros de água.

Assim, torna-se previsível que a crescente industrialização da sociedade, aliada à poluição ambiente, venha a afetar dramaticamente as reservas mundiais de água potável.

Além de todos esses, a outro fator importante a ser considerado: da mesma maneira que ocorre em algumas partes do Nordeste brasileiro, há várias regiões do mundo com péssima distribuição de água potável em virtude de motivos meramente políticos. Deste modo, as épocas de seca parecem tornar-se um negócio economicamente atraente para alguns setores, mas com evidente prejuízo para a qualidade de vida das populações dessas regiões.

Por outro lado, nos grandes centros urbanos que possuem caros e avançados sistemas de tratamento e abastecimento de água, verifica-se com frequência um fato oposto: o esperdício praticado por pessoas sem a mínima noção de cidadania.

Os atos de poupar água e energia, além da economia doméstica que representam, refletem saudáveis posições culturais e de respeito ao próximo.

Folha pingando água

Vários metais, mesmo em concentrações muito baixas, podem causar sérios danos ao organismo humano.
Uma concentração de 2,5.10-8 M de mercúrio, por exemplo, provoca sérias lesões no sistema nervoso de um ser humano e pode também matar pequenos animais, tais como peixes e cobaias. Em 1967, no Japão, dezenas de pessoas morreram e milhares ficaram gravemente enfermas por ingestão de peixes contaminados por mercúrio, na baía de Minamata.

É por estas razões que as autoridades públicas devem estar sempre atentas à qualidade de água de rios e mananciais.

Autoria: Márcio Renato Lima

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