Origem e formação do solo
O solo é uma camada mais superficial da crosta terrestre, onde se desenvolvem muitas plantas e vive uma grande variedade de animais.
Esta camada, o solo, não é muito profunda; tem, em média, trinta centímetros de espessura. Ela vem se formando há milhões de anos, com o acúmulo de pequeníssimas partículas, formadas pelo desgaste das rochas, que foram se misturando com os restos de animais e plantas.
O solo é constituído de duas partes:
A primeira é uma camada geralmente escura, que fica bem em cima e é composta pela mistura de restos de animais e vegetais, formando a parte orgânica do solo ou húmus; a outra, contendo areia, calcário e argila, forma a parte mineral do solo, juntamente com a água e o ar.
Muitos solos podem ser formados pelo transporte de sedimentos levados pelo vento, chuva ou pelas águas dos rios, como as dunas e as terras de aluvião.
Quando o solo é originado da própria rocha matriz é chamado de autóctone e quando é formado através do transporte de sedimentos é chamado de alóctone.
Logo abaixo do solo, aparece uma camada mais profunda e espessa, que é o subsolo.
Composição e tipos de solo
O solo é originado de uma rocha matriz, pois inicialmente na crosta terrestre só havia rocha. Com o tempo e sob a ação do calor, do vento e da água, ela foi se desgastando e formando uma parte mineral (areia, calcário e argila) e uma outra parte orgânica (húmus = restos de animais vegetais em decomposição).
Quando um certo elemento, que compõe o solo, existe em maior quantidade que os demais, caracteriza o tipo de solo.
Solo arenoso
O solo chamado arenoso possui uma quantidade maior de areia do que de outros componentes. Este solo, por ser formado em grande parte por grãos de areia, deixa espaços entre os grãos, proporciona uma passagem maior de água e circulação de ar, sendo assim muito permeável.
Os solos arenosos, sendo bastante permeáveis, são pobres em vegetação, pois não fornecem as substâncias necessárias à maioria das plantas, como principalmente a água. É por esta razão que somente algumas plantas se adaptam a este tipo de solo, como os coqueiros, as palmeiras e certos tipos de capim, por possuírem raízes profundas.
Solo argiloso
Já os solos argilosos, onde os grãos de argila são bem menores que os grãos de areia, retêm mais água, isto é, são pouco permeáveis e bem menos arejados, porque os espaços são menores dificultando o escoamento de água e a entrada de ar.
Quando estes solos secam, racham-se e arrebentam as raízes das plantas, consequentemente matando-as. O solo argiloso não é bom para o cultivo de determinados vegetais, mas alguns se desenvolvem bem, como o cafeeiro.
Solo humífero
Outro tipo de solo é o humífero, que tem um aspecto escuro, o que demonstra a existência de matéria orgânica, o húmus, tornando este solo fértil. No solo humífero vivem seres vivos microscópicos, quer dizer, tão pequenos que só podem ser vistos pelo microscópio, que transformam os nutrientes, ou melhor, substâncias presentes no solo, para serem utilizadas pelos vegetais na sua nutrição. O húmus é muito bom para o cultivo de plantas em geral e para a jardinagem. Além de seres vivos microscópicos, podemos encontrar outros pequenos animais, como minhocas, tatuzinhos de jardim e outros.
O calcário é um componente fundamental no solo pois, além de um bom nutriente, corrige a acidez do solo, que é prejudicial ao desenvolvimento das plantas.
Autoria: Fernanda Batista