Depressão no solo, podendo ser ocasionada por diversos fatores. Essa depressão é preenchida por águas que se encontram geralmente tranquilas, dependendo da extensão do lago.
Possui formas, profundidade e extensões variáveis. Normalmente são mantidos por um ou mais rios afluentes. Para evitar o transbordamento do mesmo, existem rios emissários que funcionam basicamente como drenos naturais, mantendo estável o volume de água no lago. Os lagos são mais frequentes em regiões montanhosas e no hemisfério norte. De acordo com a origem, os lagos se apresentam dos seguintes tipos: lagos tectônicos, vulcânicos, de erosão, residuais, de barragem, mistos, etc. Quanto ao regime, pode ser de caráter temporário ou permanente.
Os lagos encontrados nas bordas litorâneas e que possuem ligações com o mar, são denominados de lagoas. Exemplos: Mirim, Rodrigo de Freitas, Lagoa dos Patos, etc. A pequena quantidade de lagos existentes no Brasil, quando comparada a massa hidrográfica do território, não permitiu que se realizasse estudos na área. Por toda a extensão litorânea do Brasil, existem diversas lagoas e lagunas de barragem, que podem ser de vários tipos. Há alguns fatores importantes para a explicação do surgimento de determinados lagos, como: a decomposição química no caso de lagos da zona calcária de Minas Gerais; forças endógenas (tectônica antiga e recente), no caso dos antigos lagos da fossa tectônica do Paraíba, os lagos do baixo planalto na área do baixo Rio Negro e do Pantanal Mato Grossense; e a variação do nível dos mares, como os lagos das terras firmes da Amazônia e das áreas dos tabuleiros terciários de Alagoas e Espírito Santo.
A gênese dos cordões arenosos de idade holocênica são responsáveis pela formação das lagoas de barragem. Durante as enchentes ocorridas na estação chuvosa, a água remanescente vem preencher as áreas mais deprimidas do solo. Os rios promovem o carregamento de matéria orgânica e de sedimentos argilosos, que se depositam nessas depressões e que, em pouco tempo, transformam essas lagoas em extensos pântanos. Com isso, pode-se distinguir dois tipos de lagoas: uma formada pela acumulação da água da chuva e outra alimentada pelos rios e lençóis subterrâneos.
É importante esclarecer que a maior parte das lagoas existentes são compostas por água salobra e até mesmo salgada. Já os lagos são geralmente constituídos de água doce, podendo ser raramente formados por água salgada, como é o caso do lago Salgado, situado no oeste dos Estados Unidos. Na Finlândia, nota-se um grande número de lagos de barragem glaciária (aproximadamente 33500). A maior parte desses lagos se encontra numa faixa compreendida entre os paralelos 61º e 62 º de latitude norte.
Autoria: Ivan Amaral Ribeiro