Segundo a Bíblia, o lago Asfaltite, nome que os antigos davam ao mar Morto, surgiu em consequência de uma erupção vulcânica após a destruição de Sodoma e Gomorra. O nome moderno provém de seu elevado grau de salinidade, que impede a vida animal.
O Mar Morto (al-Bahr al-Mayyit em árabe, Yam ha-Melah em hebraico) é um lago tectônico salgado, situado na mais profunda depressão das terras emersas do planeta (cerca de 400m abaixo do nível do mar), na parte norte da grande fossa africana (Rift Valley).
Com cerca de oitenta quilômetros de comprimento e largura máxima de 17km, localiza-se entre as colinas da Judéia e os planaltos da Transjordânia. Ocupa uma área de aproximadamente 1.020km2 e sua profundidade máxima é de 400m. A península de al-Lisan (“língua”) divide o lago em duas bacias: a maior, ao norte, compreende quase três quartos da superfície total e profundidade máxima de 400m; a outra tem profundidade média de apenas três metros.
O clima da região é subtropical semi-árido, com verões muito secos no norte (mediterrânicos) e desértico no sul, com frequentes neblinas provocadas pela acentuada evaporação. A perda de umidade, no entanto, é compensada com as águas de alguns rios (os mais importantes são o Jordão, o Hasa, o Muhib e o Zarqa), correntes intermitentes, fontes e lençóis freáticos.
A salinidade, a mais elevada do mundo, atinge um nível de mais de 300 partes de sal por mil de água, o que confere ao mar Morto a extraordinária densidade que permite a qualquer pessoa flutuar sem esforço. Processadas industrialmente, essas águas fornecem potassa, cloreto e brometo de magnésio, cloreto de sódio, bromo, óxido de magnésio e ácido clorídrico. Na superfície flutuam fragmentos de betume, donde o nome antigo de lago Asfaltite, que lhe deram os gregos.
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Autoria: Renan Blank