A grave situação do Camboja é explicada por décadas de conflitos:
• 1977/78 — sob o regime de Pol Pot, a moeda foi suprimida e a população urbana deslocada em grande número para o campo, para dedicar-se à produção agrícola. As execuções em massa (genocídio), a fome e as doenças mataram mais de um milhão de pessoas.
• 1979 a 1981 — Guerra de Guerrilhas. O partido do Khmer Vermelho adquiriu o reconhecimento da ONU.
• 1981 a 1991 — Guerra civil provocou o isolamento internacional.
• 1992 — a ONU enviou força de paz para organizar as eleições.
• 1995 — intensificados os combates entre o exército oficial e o Khmer Vermelho, que controlava 15% do território cambojano.
Apesar dos esforços internacionais em prol da reconstrução da sociedade cambojana, a não punição de funcionários do Estado envolvidos em graves violações aos direitos humanos continuou a açoitar a vida nacional.
Pol Pot morreu em 1998, sem jamais ter ido a julgamento.
Em 1999, o Camboja entrou para a Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), o que gerou polêmicas entre nove membros da associação.
Em 2001, os líderes do Khmer foram julgados por genocídio.
O território cambojano é atravessado pelo Rio Mekong, que fertiliza extensas planícies, onde há grande produção de arroz. O Camboja é uma das nações mais pobres da Ásia. Na década de 1990, instalaram-se no país empresas de confecção chinesas e taiwanesas que produzem, em regime de terceirização, artigos para marcas internacionais (Nike, Gap).
O sucesso dessas manufaturas foi um dos fatores que proporcionaram um admirável crescimento econômico na década de 1990. As roupas participam com 60% das exportações cambojanas.