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Letônia

Independente durante vinte anos apenas, de 1920 a 1940, a Letônia tornou-se a república mais industrializada da União Soviética e só recuperou sua autonomia em 1991, pouco antes da dissolução da União Soviética.

A Letônia situa-se na margem oriental do mar Báltico, no noroeste da Europa, com um território de 64.610km2. Limita-se a leste com a Rússia e a Bielorrússia, ao norte com a Estônia e ao sul com a Lituânia. A capital é Riga, localizada no golfo de mesmo nome.

Geografia física

O território letão, plano e de baixa altitude, apresenta maior elevação na região leste. Os principais acidentes geográficos são colinas, lagos e lagoas, formados no período glacial. O país é atravessado pelo rio Dvina (Daugava), que desemboca em Riga. O clima é frio oceânico, com chuvas anuais de 550-600mm. A vegetação característica da Letônia são as florestas mistas.

População

Os letões constituem mais de cinquenta por cento da população, formada ainda por russos e, em menor proporção, bielorrussos, ucranianos, poloneses e outros. A língua oficial é o letão, que pertence ao subgrupo báltico da família linguística indo-europeia. Quase toda a população é cristã, com cerca de três quartos de luteranos e o restante de católicos. Além da capital, as cidades mais importantes são Daugavpils, Liepaja e Jelgava.

Letônia

Economia

Na indústria letã destacam-se a metalurgia, a produção de eletrodomésticos, instrumentos agrícolas e máquinas, e o processamento de alimentos. O setor agropecuário é especializado em derivados de leite e carne. O plantio de cereais ocupa dois terços das terras aráveis e a forragem o restante. A Letônia dispõe de adequada rede de comunicações de todo tipo e conta com dois portos marítimos, Riga e Ventspils, de grande importância comercial.

Instituições políticas

A Letônia é uma república parlamentarista multipartidária, desde que se separou da União Soviética. Tem um só órgão legislativo, o Conselho Supremo, com cem membros eleitos por voto direto. Divide-se em quarenta distritos administrativos.

História

Até o isolamento provocado pela expansão eslava no século VII, o território letão foi ocupado por povos que tiveram contato comercial com o mundo mediterrâneo. Os escandinavos chegaram à região no século IX, e nos dois séculos seguintes a Letônia viveu sob pressão dos russos e suecos. No século XII os alemães iniciaram a evangelização da Livônia, nome que deram à região norte. No século seguinte, a Ordem dos Cavaleiros do Gládio, que se fundiu em 1237 com a Ordem Teutônica, subjugou todos os príncipes letões.

Em 1561, o território letão foi submetido à coroa polonesa e dividido em Curlândia e Livônia. Em 1621 a Suécia conquistou Riga e, em 1629, a maior parte da Livônia. A dominação russa começou em 1710, com Pedro I o Grande, e se completou no final do século XVIII. O nacionalismo letão despertou no século XIX e se intensificou na revolução russa de 1905. Durante a primeira guerra mundial, os alemães ocuparam o país, mas, depois da revolução bolchevique, a Letônia foi objeto de disputa entre alemães e soviéticos e grupos nacionalistas. Em 11 de agosto de 1920, a União Soviética aceitou o governo nacionalista de Karlis Ulmanis, firmou um tratado de paz com a Letônia e reconheceu sua independência.

Em 1940, durante a segunda guerra mundial, o Exército soviético conquistou e anexou a Letônia. Em julho de 1941, os alemães ocuparam os estados bálticos, retomados pelo Exército Vermelho em 1944. A partir de então, a Letônia tornou-se uma das 15 repúblicas soviéticas. A independência, proclamada em 21 de agosto de 1991, foi reconhecida por Moscou em 6 de setembro de 1991.

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