Uma linha indefinida no deserto de Rub al-Khali forma a fronteira de Omã com os países árabes que circundam seu território. A principal riqueza do país é o petróleo.
Omã é um sultanato localizado no ângulo sudeste da Arábia. Limita-se ao norte com o golfo de Omã, a leste e ao sul com o mar da Arábia, a sudoeste com o Iêmen, a oeste com a Arábia Saudita e a noroeste com os Emirados Árabes Unidos. O país possui também um pequeno território na parte setentrional da península de Mussandã, entre os golfos de Omã e Pérsico. Desde 1967, Omã administra as ilhas Kuria Muria. O território omani tem uma superfície aproximada de 306.000km2 e sua costa se estende por mais de 1.500km.
Geografia física
O relevo do país é plano e monótono, com exceção da região norte, por onde se estende a cordilheira de Hajar, paralela à costa do golfo de Omã, com mais de 3.000m de altitude e cujo ponto culminante, o Djebel al-Akhdar, alcança 3.107m. O clima é árido e quente, de tipo desértico, com maior umidade nas montanhas e zonas costeiras. A água das chuvas que caem nas montanhas é levada até os oásis por correntes subterrâneas. As plantações de tamareiras são abundantes e a fauna está representada por camelos, jumentos e animais selvagens nas montanhas.
População
A maior parte da população é de origem árabe, embora nos portos se concentrem importantes minorias étnicas, constituídas por persas, paquistaneses, baluquistaneses, indianos e negros. A língua oficial no país é o árabe. A população concentra-se principalmente na fértil faixa costeira, mas muitos omanis continuam a praticar o nomadismo. Além da capital, Mascate, outras cidades importantes são Nizua, Samail e Salala.
Economia
A principal fonte de divisas de Omã é o petróleo, que começou a ser explorado em 1967 e de que o sultanato logo se transformou em um dos principais exportadores. O país que compra a maior parte do petróleo de Omã é o Japão. Até 1982, o país importava todos os derivados do petróleo, mas em novembro de 1983 inaugurou uma refinaria em Mina al-Fahal para abastecer o mercado interno.
A escassez de água para irrigação dificulta o desenvolvimento da agricultura, que tem na tâmara o principal produto. As tribos nômades do interior criam ovelhas, cabras e camelos. A pesca no litoral e no estreito de Ormuz proporciona matéria-prima para a indústria de conservas, que exporta peixe seco e farinha de peixe. Matra é o ponto de partida das caravanas que se internam no país, enquanto as comunicações com o exterior efetuam-se principalmente pelos portos de Matra, Mascate, Sur, Suhar, Murbat e Salala e pelo aeroporto da capital.
História
Em 536 a.C. o território de Omã caiu em poder dos persas e depois foi ocupado por azditas iarúbidas procedentes do Iêmen. Os azditas conservaram o poder até o século VI da era cristã, quando os persas voltaram a ocupar o país. Por volta do ano 630, a população se converteu ao islamismo, mas a propagação da heresia idadhi levou à eleição do primeiro imã (líder espiritual) do sultanato, Julanda ibn Masud. Os imãs eleitos dominaram até 1154, ano em que Banu Nabhan estabeleceu uma dinastia de reis que dominou até 1428, quando se restaurou o antigo sistema de governo, com a volta dos imãs.
Em 1507 uma armada portuguesa, comandada por Afonso de Albuquerque, saqueou Mascate e estabeleceu domínio sobre a costa. Em 1650 o sultão Ibn Said recuperou Mascate, e em 1698 seu filho expulsou os portugueses de Mombaça. O sultanato omani, estabelecido por Abu Said no século XVIII, transformou-se em um vasto império que incluía Zanzibar (hoje integrado à Tanzânia) e os estabelecimentos conquistados pelos portugueses.
Ao longo do século XIX os britânicos intensificaram sua influência política no país. Em 1822 o Tratado de Moresby, que limitou o tráfico de escravos, representou um duro golpe para a economia omani. Em 1861, o sultanato dividiu-se nos principados de Zanzibar e de Mascate e Omã.
Em 1951 um tratado de amizade com o Reino Unido reconheceu a completa independência do sultanato. Em 1964 rebelaram-se as tribos separatistas de Dofar, apoiadas pela União Soviética e pela República Democrática Popular do Iêmen. O sultão Qabus ibn Said, que havia destronado o pai em 1970, conseguiu vencer a guerrilha de Dofar em 1976 e executou um programa de desenvolvimento econômico e social. Em 1982 Omã e outros países do golfo Pérsico estabeleceram um plano de defesa comum.
Instituições políticas
Omã não tem constituição escrita. O sultão exerce poder absoluto e legisla por decreto, assistido por um Conselho de Ministros. O país não tem legislativo, mas conta com o Conselho Consultivo (Majlis al-Shura), criado em 1991, com 59 membros eleitos pelo governo e indicados por cada um dos distritos administrativos em que divide o país.
Sociedade e cultura
A construção de escolas e centros de saúde constituíram as prioridades do programa de reformas executado pelo sultão Qabus nas décadas de 1970 e 1980. A principal religião do país é a islâmica, seguida por reduzidas minorias de hindus e cristãos (católicos, anglicanos e protestantes). A estrita observância da fé islâmica limita a vida cultural de Omã, que registrou maior desenvolvimento a partir de 1970. A manifestação mais original da arte nacional é a pitoresca arquitetura dos velhos castelos.