Geografia

Tectonismo

O tectonismo, também chamado de diastrofismo (distorção), resulta de ações internas do planeta e pode se apresentar de duas maneiras: a epirogênese – quando as forças do interior da Terra são verticais, com ocorrência em áreas estáveis da crosta – e a orogênese – quando essas forças são horizontais, ocorrendo em áreas instáveis da crosta.

As áreas estáveis são as que possuem estrutura geológica antiga, portanto, apresentam maior resistência às pressões. As instáveis são as que apresentam maior juventude geológica e maior fragilidade às tensões.

A epirogênese é responsável pela elevação ou rebaixamento de grandes massas da crosta, sem a ocorrência de deformações nas rochas. O soerguimento e o abatimento das áreas continentais pode mexer com o equilíbrio entre massas terrestres e oceânicas, provocando transgressões marinhas – quando o mar invade o continente – ou regressões – quando o mar recua em relação ao continente. Em outras palavras: a epirogênese, apesar de muito lenta, pode mudar a posição dos oceanos e mares em relação às massas continentais.

A orogênese é responsável pelas deformações provocadas em grandes blocos de rochas pelo movimento das placas tectônicas. Essas forças horizontais fazem surgir os dobramentos e os falhamentos na superfície e são fenômenos geologicamente menos lentos.

Desenho de uma placa tectônica
Dobramentos e falhamentos

Os dobramentos ou enrugamentos são típicos de estrutura rochosa maleável, com maior plasticidade e de menor resistência ou competência à pressão. Um exemplo típico é a Cordilheira dos Andes, que se formou por alçamento de terreno em consequência da pressão horizontal exercida pelas placas tectônicas de Nazca e a Sul-americana.

Os falhamentos ou fraturamentos ocorrem em estruturas rochosas mais resistentes, formando degraus ou fossas tectônicas, como o vale do rio Paraíba do Sul, no Brasil, entre aí serras do Mar e da Mantiqueira.

Por: Renan Bardine

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