Na formação das rochas os minerais podem apresentar-se unidos, como no caso do granito, cementados, como o arenito, e soltos, como o caulim.
As rochas são formadas por vários minerais em distintas proporções. Por exemplo, o granito tem quartzo, feldspato e mica, enquanto o arenito é formado em sua maior parte por grãos de quartzo.
O caulim é a variedade mais pura de argila, geralmente de cor branca, formada de restos de feldspato pela ação da água, sendo utilizado principalmente para a fabricação de porcelana e engomagem de papel e tecidos.
Os tipos de rochas segundo sua origem:
a) Magmáticas ou ígneas
Formadas a partir da consolidação do magma, substância incandescente e derretida, daí terem origem primária. Se esse processo ocorrer no interior da crosta terrestre, origina as rochas magmáticas plutônicas, denominadas intrusivas, como o granito. Se a petrificação ocorrer na superfície da Terra, pela efusão ou expelimento do magma, forma as rochas vulcânicas, denominadas extrusivas, como o basalto.
As rochas intrusivas ou plutônicas apresentam cristais visíveis e com acentuada quantidade, pois o magma além de viscoso passou, neste caso, por resfriamento lento, o que possibilitou a cristalização. As rochas extrusivas ou vulcânicas apresentam cristais muito pequenos e em quantidade inexpressiva, fruto do rápido resfriamento de magma mais fluido. (Veja mais em Rochas Ígneas).
b) Rochas sedimentares
Resultantes de restos de outras rochas ou de restos minerais, animais e vegetais, a partir da ação dos agentes geológicos da dinâmica externa. Todo e qualquer material desagregado, transportado e depositado num determinado lugar por esses agentes, tende a se consolidar com o tempo, originando as rochas sedimentares.
Elas podem ser formadas pela deposição de pequenas partículas de minerais que se agregam pela ação de um cimento natural, como a argila, criando as rochas sedimentares elásticas ou detríticas, a exemplo do arenito. Às vezes, a compactação de restos de animais e vegetais dá origem às rochas sedimentares orgânicas, como é o caso do carvão mineral e do calcário: o primeiro resultante da fossilização de matéria vegetal; o segundo, da decomposição de conchas e carapaças de animais marinhos.
Por fim, as rochas sedimentares podem ser químicas, como é o caso do sal-gema, originado por evaporação da água, decantação do cloreto de sódio e cristalização do sal por soterramento. As rochas sedimentares se caracterizam pela constituição estratificada.
c) Rochas metamórficas
Decorrem das transformações sofridas por rochas pré-existentes, submetidas a alterações em suas estruturas por ação da pressão ou de elevadas temperaturas. Tanto as rochas magmáticas quanto as rochas sedimentares podem passar por esses processos e mudar suas condições originais.
A pressão de camadas de rochas sobrepostas, bem como a elevação de temperatura no interior da crosta, podem alterar a composição mineralógica e a disposição espacial dos minerais que formavam a rocha anterior, transformando-a numa rocha diferente, alterada, com outra textura.
Há dois processos básicos de formação das rochas metamórficas: o metamorfismo de contato, quando a rocha original sofre alterações em função da presença do calor de magma no interior da crosta, e o metamorfismo regional, quando a rocha original é submetida a carga de excessiva pressão, geralmente em regiões que sofrem tectonismo intensivo. Nos dois casos, a ação de um tipo não exclui o outro. Os exemplos mais importantes de rochas metamórficas são o gnaisse e o mármore.
Por: Renan Bardine