Esse médico atua em áreas tradicionais da saúde e sua prática vem sendo revalorizada, especialmente nos programas públicos de atendimento à família.
Os constantes avanços das pesquisas na área médica têm provocado uma crescente especialização de seus profissionais, enfocando aspectos cada vez mais específicos do organismo humano. Se isso, por um lado, traz progressos no tratamento das doenças, por outro gera deficiências na primeira e crucial etapa de todo atendimento médico: o diagnóstico. Isso porque, em muitos casos, os especialistas tendem a relacionar os sintomas de seus pacientes somente com as doenças que pertencem a seu campo de atuação.
O clínico geral, por ter uma visão mais global do organismo humano e das patologias que o afetam, é o profissional da Medicina mais bem preparado para proceder a diagnósticos. A figura desse profissional também é associada ao tradicional médico de família, que acompanha seus pacientes ao longo da vida, conhecendo profundamente seu histórico, levando em conta aspectos que costumam ser ignorados em consultórios, como o emocional. Esta função, que havia quase desaparecido da prática médica nas últimas décadas, está ressurgindo, principalmente em programas de saúde estatais e municipais.
Além disso, hoje sua atuação não se restringe ao tratamento das doenças mais comuns. Por exemplo, no caso de um transplante de fígado, que necessita da intervenção de um cirurgião, um hepatologista, um imunologista, um hemoterapeuta e um anestesista, o clínico geral irá assessorá-los, informando sobre as condições do paciente. Assim, sua função vem passando por mudanças que estão trazendo de volta sua antiga importância.
Mercado
Em alta. Alguns convênios médicos brasileiros estão obrigando o paciente a passar por um clínico geral antes de procurar um especialista (em alguns países, aliás, essa prática é exigida por lei). No Brasil, governos estaduais e municipais estão criando programas de atendimento domiciliar nos quais o clínico geral desempenha importante papel, ao lado de outros profissionais da saúde.
Opções de trabalho
• Atuar em hospitais, clínicas e centros de saúde públicos ou privados.
• Clinicar em consultório particular ou prestar atendimento domiciliar.
Remuneração
Salário médio inicial: R$ 2.100,00 (20h/semana).
Formação
12 semestres de Medicina + 2 ou 3 anos de residência em Clínica Médica.
Bacharelado em Medicina: UFBA-Salvador/BA; UnB-Brasília/DF; Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia-Vitória/ES; UFG-Goiânia/GO; UFMG-Belo Horizonte/MG; UFPE-Recife/PE; UFPR-Curitiba/PR; UFRJ-Rio de Janeiro/RJ; UFRS-Porto Alegre/RS; UFSC-Florianópolis/SC; Unicamp-Campinas/SP; USP-São-Paulo/SP; Unesp-Botucatu/SP; Unifesp-São Paulo/SP; USP-Ribeirão Preto/SP; Santa Casa-São Paulo/SP; Famema-Marília/SP; Famerp-São José do Rio Preto/SP; FFFCMPA-Porto Alegre/RS; PUC-Campinas/SP; PUC-Porto Alegre/RS; UEL-Londrina/PR; Uerj-Rio de Janeiro/RJ; UFF-Rio de Janeiro/RJ; UFU-Uberlândia/MG.
Residência em Clínica Médica: HSI-Salvador/BA; Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia-Vitória/ES; Hospital Universitário São José-Belo Horizonte/MG; Hospital das Clínicas-Curitiba/PR; Hospital Saúde-Caxias do Sul/RS; Hospital Municipal Miguel Couto-Rio de Janeiro/RJ; Santa Casa de Misericórdia-Porto Alegre/RS; Unifesp-São Paulo/SP.