Período que teve início no século XVIII, a era industrial foi caracterizada pela mecanização da produção e consequente reformulação da concepção de trabalho, já que grande parte do trabalho exercido pelos operários foi substituída por máquinas.
Essa mudança na produção repercutiu na ordem econômica, política e social da época. A era industrial marca o início do desenvolvimento do capitalismo industrial assim como o crescimento da produção de massa e o surgimento das novas populações urbanas. Surgiram duas classes sociais radicalmente distintas: os proprietários dos meios de produção – burguesia – e o proletariado, formado pelos trabalhadores que necessitavam vender sua mão-de-obra para os empresários donos de fábricas.
A enorme diferença econômica entre as classes sociais surgidas na era industrial contribuiu para a criação de várias correntes ideológicas, que pretendiam justificar o capitalismo – doutrinas liberais –, ou condená-lo – doutrinas socialistas.
Era industrial brasileira
A industrialização brasileira no século XX marcou o fim da velha sociedade colonial e foi, antes de tudo, uma necessidade frente à recessão dos anos 30. Desde a crise da bolsa de Nova York em 1929, a exportação de café diminuiu muito e não havia receita para manter as importações de produtos manufaturados que supriam o mercado interno.
Era preciso desenvolver a indústria nacional para substituir as importações. A industrialização foi patrocinada pelo governo e financiada pelos proprietários rurais que estavam receosos de investir na produção agrícola e e ficaram entusiasmados com a possibilidade de importar máquinas usadas a preço baixo.
Durante a II Guerra Mundial o processo de substituição evoluiu para o ramo de bens intermediários e matérias primas. A siderurgia e a instalação de fábricas têxteis nos grandes centros urbanos são característicos deste período.
Durante o governo de Juscelino Kubitschek, a indústria de bens de consumo duráveis como automóveis e eletrodomésticos teve grande incentivo. A construção civil também viveria grandes momentos com a construção de Brasília e logo a seguir com as grandes obras do governo militar.
A industrialização também atingiu o campo e a política de privilegiar a exportação teve no cultivo mecanizado da soja seu grande expoente. As fronteiras agrícolas foram ampliadas e a paisagem de muitas regiões foi completamente alterada pelas grandes lavouras e os imensos silos para armazenar grãos. A instalação de polos petroquímicos e das indústrias voltadas para os serviços de comunicação e informática encerram este século de mudanças rápidas e intensas.
Por: Verônica Toledo