Carlos Luz foi um Mineiro nascido em Três Corações que ingressou na política como vereador na cidade Mineira de Leopoldina. Mais tarde, seria eleito Prefeito da cidade no período de 1923 a 1932.
Começou a participar do Governo Federal no ano de 1932 quando assumiu a Secretaria da Agricultura, Viação e Obras Publicas de Minas Gerais, cargo que exerceu até o ano seguinte, em 1933. Neste mesmo ano passou a comandar a Secretaria do Interior do mesmo Estado de Minas até 1935.
Neste ano foi eleito Deputado Federal e convidado a assumir o Cargo de Presidência da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1946, não assumindo assim o cargo pelo qual foi eleito. Em seguida foi nomeado para assumir o Ministério da Justiça e Negócios Interiores, em 1946, no governo Café Filho. Por motivos políticos, foi logo substituído do cargo, e dessa maneira reassumiu como Deputado Federal, sendo reeleito por mais duas vezes, chegando até a Presidência da Câmara.
A chegada à Presidência:
Café Filho, o Presidente do Brasil neste período, no ano de 1955, teve que se afastar do cargo por problemas de saúde. Estava com sérios problemas cardíacos. O responsável por assumir o cargo foi justamente Carlos Luz, que era o presidente da Câmara.
Carlos Luz permaneceu apenas dois dias no comando do País.
As eleições:
As eleições presidenciais estavam chegando pelo fato de Café Filho estar no poder devido ao suicídio de Getulio Vargas. Dessa maneira de um lado estava o candidato Juscelino Kubitschek, que na campanha, buscou o apoio da população com o discurso de desenvolvimento e modernidade do país, que seriam desencadeados com um maior investimento na indústria nacional. Em oposição estava o candidato Juarez Távora, que representava a UDN. Já os partidários da UDN criticavam as intenções de Juscelino, caso ele conseguisse vencer o pleito.
Após as eleições onde a vitória de Juscelino foi concretizada, Café Filho se afastou novamente do cargo de presidente, alegando novamente problemas de saúde. E novamente Carlos Luz assume a presidência por ser o líder da Câmara.
Neste momento o General Henrique Lott, ex Ministro da Guerra, pressionou Carlos Luz a acusar um Coronel que decretou um discurso contra JK. Não tendo seu pedido atendido, o General depôs o Presidente em novembro de 1955. Obedecendo a Constituição Brasileira, o vice-presidente do Senado Nereu Ramos, assumiu a Presidência até que Juscelino assumisse, de fato, o cargo de Presidente da República.
Por: Pedro Augusto Rezende Rodrigues