Com 56 navios fortemente armados e 7.300 soldados, a W.I.C. realizou a segunda invasão, agora sob o comando de Diederik van Waerdenburgh e Hendrick Lonck.
Os 400 soldados de Pernambuco nada puderam fazer diante de tão desigual situação. Desta forma, os holandeses não encontraram resistência para ocupar a capitania, em fevereiro de 1630. O governador de Pernambuco, Matias Albuquerque, retirou-se para o interior a fim de organizar a resistência no famoso Arraial do Bom Jesus. Esse movimento guerrilheiro que reunia senhores-de-engenho, escravos, índios e a população de Olinda e Recife denominou-se Guerra Brasílica.
O Arraial do Bom Jesus conseguiu algumas vitórias, até abril de 1632, quando Domingos Fernandes Calabar juntou-se aos invasores, denunciando a localização do núcleo de resistência, que foi atacado e arrasado. Com isso, os holandeses estenderam suas conquistas, tomando o Rio Grande do Norte e a Paraíba.
Em retirada para Alagoas, Matias de Albuquerque retomou Porto Calvo, onde, depois de derrotar os flamengos, aprisionou e executou Calabar. Esta vitória, entretanto, foi infrutífera pois os holandeses obtiveram uma vitória fundamental em Mata Redonda. Em 1637, a W.I.C. entregou a administração do Brasil holandês ao conde João Maurício de Nassau-Siegen.
Fonte: O domínio holandês na Bahia e no Nordeste – José Antônio Gonçalves de Mello – Difel, São Paulo.
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