Joaquim Aurélio Barreto Nabuco nasceu em berço de ouro. Filho do Senador José Tomás Nabuco de Araújo e de Ana Benigna Barreto Nabuco de Araújo. Estudou no colégio Pedro II, onde se tornou Bacharel em Letras.
Historia:
Foi para São Paulo, em 1865, onde fez os três primeiros anos de Direito. Logo em seguida, foi para Recife, onde se formou em 1870 entrando logo para o serviço diplomático, como adido de primeira classe em Londres, depois em Washington, de 1876 a 1879.
Como gostava muito de política foi eleito Deputado passando a residir no Rio de Janeiro. Sua entrada na Câmara marcou o início de uma longa batalha para o fim da Escravidão, publicando uma obra chamada “O Abolicionismo” em 1883.
Em seguida foi eleito também, mais uma vez, Deputado. Mas desta vez pelo Estado de Pernambuco, assumindo mais uma vez a liderança na campanha abolicionista.
Com a Proclamação da Republica, em 1889, permaneceu intransigente nas questões monarquistas, e mais uma vez resistiu ao apelo dos chefes da nova política para retornar ao serviço diplomático. Acabou se retirando da vida pública para se dedicar à sua obra e ao estudo.
Nesta fase, residiu no Rio de Janeiro exercendo a advocacia e fazendo jornalismo, o que o levou a frequentar a redação da “Revista Brasileira”, onde estreitou relações provocando uma amizade com Machado de Assis, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça. Esse convívio proporcionou a criação da Academia Brasileira de Letras, em 1897.
Em 1901 retornou a sua carreira de diplomata, onde foi embaixador em Londres e, em 1905, em Washington. Em 1906 veio ao Rio de Janeiro para presidir a 3° Conferencia Pan-Americana, onde defendia uma ampla e aproximação continental americano.
Morte:
Em todos esses anos trabalhando fora do Brasil, conseguiu um grande prestígio entre as autoridades americanas. Quando faleceu em Washington teve seu corpo conduzido em um ato solene para o cemitério da capital norte americana. Seu corpo veio para o Brasil, Rio de Janeiro, e logo em seguida foi para o Recife.
Sua vida foi marcada por grandes êxitos profissionais. Além de Diplomata e Político, desempenhou o papel de orador, memorialista, poeta, de maneira impar. Além da sua obra “O Abolicionista”, já exposta aqui, podemos citar também “Minha Formação” como uma importante obra de memórias, onde se percebe um paradoxo: é membro de uma família escravocrata mas optou por lutar pelo abolicionismo.
Nabuco afirmou que “A escravidão permanecerá por muito tempo como característica nacional do Brasileiro”, o que se confirma até os nossos dias de hoje.
Por: Pedro Augusto Rezende Rodrigues