Leonel Brizola nasceu em 1922 no povoado de Cruzinha, no Rio Grande do Sul. Mais tarde seria governador do Rio Grande do Sul e posteriormente do Rio de Janeiro, onde fixou residência em meados da década de 60. Ele foi um dos mais destacados líderes nacionalistas do país, considerado herdeiro político de Getúlio Vargas e de João Goulart.
Historia:
Filho de família humilde estudou em Passo Fundo, e em Viamão, antes de ingressar no curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul onde se formou em 1949. Nesta época ele já tinha ingressado na carreira política, sendo eleito Deputado Estadual no ano de 1947.
Em 1950 casou-se com Neuza Goulart, irmã do ex Presidente João Goulart, tendo como padrinho outro líder importante para o Brasil: Getúlio Vargas.
No ano seguinte, 1951, Brizola sofreu uma grande derrota política ao perder a disputa da Prefeitura de Porto Alegre. Mesmo assim continuou trabalhando até voltar para à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em 1954. No ano seguinte, 1955, deixa a Assembleia para disputar novamente a Prefeitura da cidade gaúcha. E nesta vez, saiu vitorioso.
Sua popularidade estava crescendo cada vez mais, até que 1958, sem nenhuma dificuldade, se elegeu governador do Rio Grande do Sul com 55% dos votos válidos. E em 1962 foi eleito pela primeira vez Deputado Federal pelo estado da Guanabara.
Como Deputado Federal fez discursos fortes defendendo a reforma agrária e a distribuição de renda no Brasil. Com a deposição do Presidente João Goulart, seu cunhado e padrinho, pelos militares, Brizola foi obrigado a se exilar no Uruguai, retornando ao Brasil apenas com a lei de anistia, em 1979.
Brizola foi responsável por fundar a legenda do PDT, partido pelo qual foi governador do Rio de Janeiro em 1983. Sua administração foi marcada pela criação de dezenas de Cieps, os Centros Integrados de Educação, que foi copiado por muitos políticos nos anos seguintes.
Em 1984 apoiou a campanha de Diretas Já e, cinco anos mais tarde, participou da primeira eleição direta a Presidência da Republica do Brasil desde o golpe militar de 64, ficando em terceiro lugar. No segundo turno apoiou o Metalúrgico Lula que foi derrotado pelo ex Presidente Fernando Collor.
No ano seguinte, 1965, pela segunda vez, Brizola conquistou o governo do Rio de Janeiro exercendo com posições firmes em defesa dos produtores nacionais e sempre defendendo restrições ao capital estrangeiro no País.
Participou novamente das eleições para Presidente em 1994, mas seu desempenho foi muito a baixo do esperado.
Foi candidato à vice-presidente na chapa encabeçado por Lula em 98 e novamente foi derrotado.
Fim da carreira política e morte:
No fim de sua carreira, mais duas derrotas, a Prefeitura do Rio em 2000 e o senado em 2002.
Em 2003 com Lula já no governo do País, Brizola rompeu com a chapa e começou a fazer duras críticas ao governo.
Faleceu em 2004 de infarto decorrente de complicações infecciosas, no Rio de Janeiro. Terra que tanto amava.
Por: Pedro Augusto Rezende Rodrigues
