Maria Bergner, conhecida no Brasil como Olga Benário Prestes, era uma revolucionária que defendia o comunismo e lutava para acabar com as desigualdades, e injustiças, sociais.
História:
Nasceu em 1908, em Munique na Alemanha, em uma família de origem Judia e de classe média, sendo seu pai um Advogado e sua mãe uma Socialite. Em 1926, se tornou membro do Partido Comunista alemão, com apenas quinze anos de idade, até ser acusada de atividades que comprometia a ordem e em 1929 foi presa.
Quando solta foi diretamente para a União Soviética, onde passou a trabalhar na Internacional Comunista, denominação dada a todos os movimentos comunistas de cunho multinacional. Foi exatamente lá que conheceu Luis Carlos Prestes, importante líder revolucionário Brasileiro.
Olga fez parte, também, dos muitos estrangeiros que foram designados para acompanhar Luis Carlos Prestes em seu retorno ao Brasil com a finalidade de liderar um movimento armado, que tinha o apoio de Moscou, e que instaurasse um governo revolucionário no País.
Chegaram por aqui por volta de 1935 e viveram meses na clandestinidade. Nesse período é importante ressaltar que o nome de Luis Carlos Prestes estava sendo aclamado em várias manifestações que estavam acontecendo no País promovido pela ANL (Aliança Nacional Libertadora). Estes movimentos tinham como características serem antifascista e reuniam diversos setores da esquerda, dentre eles os comunistas.
Em Natal, em novembro do ano de 1935, ocorreu um levante armado e logo Prestes ordenou que esses movimentos fossem estendidos para todo o território nacional. Porém o apoio que havia sido prometido pelos Militares não aconteceu. Podemos observar apenas algumas unidades do Rio de Janeiro e de Recife apoiando Prestes. E dessa maneira o governo Brasileiro, rapidamente, controlou a situação, reprimindo os oposicionistas do governo.
Momento difícil:
Neste momento, Olga e Prestes, voltaram a viver em clandestinidade até em março de 1936, quando foram capturados pela polícia Brasileira. Olga estava grávida e mesmo assim foi deportada para a Alemanha Nazista cerca de seis meses depois. Chegando lá, foi entregue à Gestapo (Polícia Política Alemã) onde foi enviada para um campo de concentração, em Ravensbruck, dando a luz, lá, a Anita Leocádia Prestes.
Enquanto Prestes perdeu a patente de Capitão e inicia uma pena que veio a durar cerca de nove anos.
Anita foi entregue a sua avó paterna após uma campanha de repercussão internacional pela sua liberação. Já Olga continuou presa, até que em 1942 foi executada pelos nazistas na câmara de gás.