O movimento tenentista começou a ganhar força após os incidentes dos “18 do forte” que tentou derrubar o governo de Artur Bernardes. Dessa maneira, os militares de baixa patente, liderados por Isidoro Dias Lopes e que tinham a participação de vários tenentes como Joaquim Fernandes do Nascimento e Juarez Távora, começaram a articular vários movimentos com a intenção de desmoralizar o governo oligárquico, forçando a queda de Arthur Bernardes.
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Em 1924, em São Paulo, a ação tenentista conseguiu tomar alguns pontos estratégicos da cidade e atacar o Palácio dos Campos Elísios, onde era sede do Governo. Essas tropas tentaram promover um movimento de caráter nacional e que deveria se expandir por todas as cidades Brasileiras. Porém o movimento só conseguiu exercer influencia em revoltas no Mato Grosso, Amazonas, Pará, Sergipe e Rio Grande do Sul.
A capital Paulista se transformou em um verdadeiro palco de guerra e, devido a força das manifestações, proporcionou a fuga do Governador de São Paulo do Estado. Além disso, mais de 300 mil pessoas foram forçadas a saírem refugiadas.
A cidade de São Paulo foi duramente bombardeada por aviões do Governo Federal deixando-a completamente devastada e a população muito assustada. Como o Governador não se encontrava mais, o Palácio do Governo começou a ser o grande foco de resistência tenentista. Porém esqueceram de uma coisa muito importante para que o movimento pudesse crescer: o apoio da população. E foi justamente isso que enfraqueceu o movimento.
No mês de Julho de 1924, os manifestantes divulgaram um manifesto que exigia a imediata deposição do Presidente Arthur Bernardes e um conjunto de reformas políticas. Dentre elas estavam criticas a respeito da corrupção eleitoral, na instauração do voto secreto e a reforma das instituições de ensino. Reivindicavam também a reintrodução dos militares na vida política da sociedade brasileira e não tinham um projeto muito claro sobre de poder.
A resposta ao movimento:
A resposta a esse movimento foi dura. Tropas aliadas ao Governo Federal começaram a reprimir tais movimentos em São Paulo de maneira cruel. Dessa maneira os tenentes paulistas decidiram deslocar o movimento para outra localidade. No dia 27 de julho de 1924 os militares paulistas alcançaram a região norte do Paraná, entre a fronteira da Argentina e o Paraguai. Depois de conquistar algumas cidades Paranaenses e Catarinenses, ainda resistindo a forte pressão, os militares paulistas decidiram se unir aos militares da Coluna Prestes, liderada por Luiz Carlos Prestes
Por: Pedro Augusto Rezende Rodrigues
Veja também:
- Revolução do Porto
- Terceira Revolução Industrial
- Intentona Comunista
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