Os Ianomâmis são índios que habitam o Brasil e a Venezuela.
Origens:
Em nosso país consideram que exista cerca de 15 mil habitantes Ianomâmis ao longo de 255 aldeias, e estudiosos acreditam que esta nação descende de índios que durante muito tempo não tiveram contato algum com o mundo exterior.
Outros acreditam que esta etnia foi “fabricada” por uma ONG suíça na década de 70, com o objetivo de manter isolado um território que contém sob a terra reservas preciosas de nióbio, ouro e urânio, objeto de desejo de vários países. Já na Venezuela acreditam que sua população chegue a 12 mil habitantes.
O sentido da palavra “ianomâmi” vem de “ser humano” enquanto para designar um estrangeiro é “nape” que significa “não ianomâmi” ou, “não ser humano”.
Onde habitam:
Como podemos ver as terras em que os Ianomâmis residem é objeto de desejo de muita gente. Em 1987 e 1992 aconteceu uma intensa onda de invasão destas terras acontecendo um grande massacre, consumindo cerca de 1500 pessoas desta nação.
Em agosto de 1993 houve um ato na Catedral da Sé, em São Paulo, a qual ficou completamente dominada por membros da sociedade civil e de representantes indígenas que, reunidos, faziam um apelo contra essas mortes e contra o descaso das autoridades para com as aldeias indígenas em geral.
O território onde a tribo dos Ianomâmis se localiza foi oficializado pelo então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. Trata-se de um terreno com altos e baixos sob um teto constituído por uma espessa floresta tropical úmida. Infelizmente eles não podem aproveitar esse solo, pois é muito carente de recursos.
Esta disposição geográfica destes índios nasceu de vários trajetos migratórios que foram desenvolvidos a partir do século XIX, e estão situados em seus territórios o Pico da Neblina e o Parque Nacional do Pico da Neblina, bem na fronteira com a Venezuela. De acordo com textos antigos sobre o povo podemos perceber que o núcleo histórico de sua morada localiza-se na Serra Parima, que é a mais povoada.
Para os Ianomâmis a terra não é vista somente com algo econômico e aproveitado de alguma forma. Acreditam que ela é um ser vivo que integra uma relação cósmica entre homens e seres não humanos. Mantendo uma relação avançada entre as outras aldeias, organizando-se economicamente sem dificuldades, preservando a cultura vigente.
Atualmente, acreditam que ela se encontra sob a ameaça da ambição humana, destrutiva e predadora, mas apesar de tudo, mesmo com riscos, a população está voltando a crescer.
Por: Pedro Augusto Rezende Rodrigues