História

Conquista da América Espanhola

Neste artigo temos com objetivo destacar o processo de conquista da América espanhola a partir do século XV, visto que os nativos da nova Espanha viviam em uma comunidade onde tudo era colocado em comum. Porém, quando começaram a chegar os espanhóis estes foram obrigados a desfazerem de seus costumes em virtudes das paixões, que moviam esses colonizadores.

A partir de sua primeira expedição em 1492, o genovês Cristóvão Colombo consegue do reino de Fernando e Izabel o financiamento para a tão sonhada viagem para as Índias. Achou este ter chegado ao oriente, mas percebeu afinal que estava em novas terras totalmente desconhecidas que, entendeu ser como um paraíso terrestre a qual não cansou de encantar-se com as belezas existentes da natureza.

Segundo Tzetan Todorov, (1991) outro espanhol se destacou nas navegações. Hernán Cortés a qual podemos discorrer que a princípio não queria tomar, mas compreender o reino dos astecas. Por isso sua expedição começa com a busca de informações, e não de ouro. Prova disso é que sua primeira ação foi procurar um intérprete, a qual Jerônimo de Aguilar e La Malinche se uniu à tropa de Cortés tornando-se os tradutores oficiais, tendo La Malinche posteriormente um papel relevante para Cortés.

Este detendo a compreensão da língua, não deixa escapar nenhuma oportunidade de reunir informações. Tornou-se um costume muitas vezes após as refeições buscar informações através dos intérpretes relacionadas ao seu senhor Montezuma.

Cortés não buscava só informação do rei dos astecas, mas também das pessoas mais antigas da região. Como se estivesse estudando as debilidades dos astecas para sua utilidade em caso de guerrilhas. Sobre a descoberta da América podemos discorrer que a conquista do reino tornava-se cada vez mais real na medida em que os espanhóis angariavam informações.

Cristovão Colombo conquistador espanholDe acordo com análises referentes a Todorov e Bethell podemos discorrer que entre Cortés e Colombo há semelhanças na postura frente aos povos que aqui habitavam. Ambos encontraram dificuldades na comunicação com os nativos, as guerrilhas também foram fatos semelhantes que Cortés e Colombo enfrentaram ao longo da sua colonização.

Na medida em que eles ganharam a confiança dos nativos, empregavam aos mesmos terríveis castigos a qualquer ato contrário às suas ordens, deixando-os numa extrema situação de escravos. Algumas diferenças entre Cortés e Colombo são na forma em que ambos apresentavam objetivos nas novas terras espanholas.

Cortés apresentava uma consciência política e objetiva ao passo que Colombo revela-se como um aventureiro preocupado apenas em anotar em seu diário as paisagens da natureza, mostrando-se despreocupado na exploração das novas terras.

Quanto à organização social dos povos que aqui habitavam podemos discorrer que os espanhóis acreditavam que habitantes do novo continente eram desprovidos de qualquer propriedade cultural e caracterizavam-se de certo modo pela ausência de costumes, ritos e religião.

Uma das primeiras referências aos índios pelos colonizadores foi a falta de vestimentas que por sua vez são símbolos de sua cultura. Também despertava a curiosidade dos colonizadores a generosidade apresentada pelos nativos, onde davam tudo o que tinham independente seus valores em troca de qualquer coisa.

Os conquistadores da nova Espanha se consideravam como uma raça totalmente superior. Eles não entenderam tamanha generosidade da parte dos nativos. Os europeus concebiam os índios como povos desprovidos de qualquer costume ou religião, sua relação econômica era o processo de troca, que caracterizavam a sua inferioridade. Esta postura de superioridade colocava os espanhóis na condição de pessoas cabíveis para administrar essa parte da América cheia de riquezas.

Segundo Leslie Bethell (1998) na conquista da América, os europeus encontraram muitas adversidades. Apesar da tecnologia superior os espanhóis acabaram ficando em desvantagens em várias situações. Pois, o terreno que os invasores mal conheciam, davam aos índios chances de contra atacarem os espanhóis. Sem contar que os espanhóis estavam debilitados pelos efeitos do calor e da altitude além dos enjoos causados pela alimentação e bebida que não estavam familiarizados.

Mesmo os homens de Cortés possuindo um arsenal de guerra que para a época estava razoável, restavam-lhes alguns obstáculos. De acordo com Bethell, os espanhóis chegaram na América com um arsenal de armas simples, que incluía facas até canhões. E para conseguirem adaptar-se o manejo das armas nas novas terras, sofreram enormes dificuldades como a água dos rios que molhavam a pólvora dos canhões.

Nas novas terras da Espanha. Cortés viu que era necessário fixar homens senão as terras seriam abandonadas e destruídas. Esta necessidade veio de encontro à participação da igreja na América através da evangelização dos povos que aqui habitavam. Os soldados evangelizados se tornariam cidadãos, estes se tornando donos de casa criariam raízes nas novas terras. Diante disso podemos adotar a importância pela conquista espiritual da América. É claro que é importante ressaltar que a evangelização da América foi realizada em vários estágios. (Veja: A Igreja e a Colonização)

Considerações Finais

Podemos concluir que nas novas terras da Espanha existiram nativos que eram místicos e achavam que os espanhóis eram enviados dos deuses. Porém quando perceberam que os espanhóis agiam de acordo com as suas conveniências, estando dispostos a pagar o preço de milhares de vidas e explorarem suas riquezas, já era tarde demais e estavam sob controle dos mesmos.

Autoria: André Luiz Rodrigues

Veja também: