História

Suméria

A Suméria era uma pequena região localizada sobre o delta dos rios Tigre e Eufrates, coberta de grandes pântanos e periodicamente inundada por enchentes. Isso fez com que os sumérios empreendessem um grande esforço para drenar os pântanos e construir reservatórios para armazenar as águas das chuvas e utilizá-las posteriormente na irrigação. O controle humano sobre a região permitiu a prática de uma agricultura em larga escala.

Os sumérios foram os inventores de uma escrita conhecida como cuneiforme, por ser feita a partir do emprego de cunhas que imprimiam sinais em placas de argila úmidas ou diretamente em pedras. A escrita cuneiforme foi decifrada por Georg Grotefend e Henry Rawlinson, a partir das inscrições do Rochedo de Behinstum, em 1857.

A partir de pequenas comunidades gentílicas, o sistema político sumério evoluiu, a partir de 2800 a.C., para a formação de cidades-Estado como Lagash, Eridu, Uruk, Ur e Nipur, entre outras. As cidades-Estado sumérias eram independentes umas em relação às outras, o que acabou provocando disputas entre elas e um consequente enfraquecimento.

Por volta do ano de 2300 a.C., Sargão I, governante de Acad, uma das principais cidades-Estado da Acádia, promoveu a unificação de todas as cidades-Estado acadianas e sumérias num único império. Sargão I passou a se denominar “rei das quatro regiões do mundo”.

Em seu reinado, foi incentivado o sincretismo religioso entre os povos da Mesopotâmia, a fim de impor uma hegemonia cultural e, dessa forma, fundamentar a autoridade real a partir do aspecto religioso, legitimando, então, a dinastia reinante e, ao mesmo tempo, divinizando o poder do imperador.

Escultura suméria

Entretanto, tudo isso não foi suficiente para impedir as constantes guerras internas que desgastavam o poder imperial e que, ao mesmo tempo, facilitavam invasões estrangeiras na Suméria. Por volta de 2000 a.C., os amoritas conseguiram derrubar o Império Acadiano e fundar a Babilônia, cidade que passaria a ser a mais importante de toda a Mesopotâmia.

Por: Wilson Teixeira Moutinho