Com o desenvolvimento da cartografia, conhecimento técnico-científico de grande importância nos séculos XV e XVI, em função das Grandes Navegações, os mapas confeccionados na época não apenas ampliaram os horizontes do mundo, como passaram a intrigar muitos estudiosos. Era interessante a possibilidade de encaixe que alguns continentes sugeriam em relação a outros, com os quais possuíam posição geográfica frontal.
Não devemos nos esquecer de que a cartografia, nesse período, era o suporte técnico para as conquistas, daí sua importância estratégica, a ponto de muitos segredos cartográficos serem guardados como segredos de Estado. Muitas vezes, para despistar os concorrentes, alguns mapas eram propositadamente confeccionados com imprecisões. Mapas bem feitos, especialmente sobre regiões pouco conhecidas, tinham muito valor e conduziam ao poder.
Verdade é que, a partir da observação do aparente encaixe entre a América do Sul e a África surgiram, nos séculos seguintes, muitas deduções que levaram a pesquisas. Das proposições conhecidas, a mais importante foi elaborada em 1912, por Alfred Wegener (1880-1930), meteorologista alemão, interessado pela Geofísica.
Ele formulou a Teoria da Deriva dos Continentes, apresentando evidências geológicas, biológicas, paleontologicas e geofísicas para demonstrar suas ideias. Para Wegener, os continentes atuais estiveram agrupados no passado geológico em um único conjunto, o qual denominou Pangeia.