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Alfabeto Brasileiro (Novo Acordo Ortográfico)

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o alfabeto brasileiro passa a ter 26 letras, não 23. As letras K, Y e W passam a incluir o alfabeto da língua portuguesa.

Emprego das letras K, W e Y

a) Em abreviaturas e como símbolos de uso internacional: km (quilômetro), kg (quilograma), K (potássio), Kr (criptônio), kW (quilowatt), kWh (quilowatt-hora), W (Oeste), w (watt).

b) Em palavras estrangeiras, não-aportuguesadas: Know-how, show.

c) Em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Wagner, wagneriano, Washington, Byron, byroniano, Kant, kantismo.

Emprego da letra H

a) No início, quando não representa nenhum fonema é determinado pela tradição escrita ou etimologia: hélice, homem, hoje, helicóptero, humanidade.

b) Nos dígrafos CH, LH, NH: chave, chuva, malha, minha.

c) Ao fim de algumas interjeições: Ah! Ih! Oh!

Atenção! Em vocativo escreve-se ó!

d) Em palavras compostas onde o segundo elemento se une ao primeiro por hífen: super-homem, pré-história, bem-humorado, mal-humorado.

Emprego do dígrafo SC

Em palavras provindas do latim: nascer.

Emprego das consoantes mudas

a) As consoantes que não se pronunciam não devem ser escritas: diretor, assinar etc.

b) As consoantes que não variam quando pronunciadas devem ser preservadas: eucalipto, convicção, dicção, ficção, fórceps etc.

c) É facultativo o uso das letras B, C, G e P (seguidas de consoante), desde que não se altere o sentido da palavra: contacto ou contato, sumptuoso ou suntuoso, secção ou seção etc.

Emprego das consoantes dobradas

Em português duplicam-se somente as letras C, R e S: fricção, forro, passo.

Atenção! RR e SS são usados entre vogais quando representarem os seus respectivos sons simples: carro, massa. Também dois elementos se unirem e um terminar em vogal e o outro começar por R ou S: pressentir, prerrogativa.

Emprego das letras G e J

a) Escrevem-se com G:

Os substantivos que terminam em -GEM (-gema): viagem, friagem, algema etc.

Exceções: pajem e labujem.

As palavras que terminam em -GIO: relógio, estágio etc.

Os verbos terminados em -GER e -GIR: ranger, surgir etc.

b) Escrevem-se com J:

As palavras derivadas das terminadas em -JA: laranjada (de laranja); lojinha (de loja).

As formas de conjugação dos verbos em -JAR: arranjei (de arranjar); viajar (de viajei); beijou (de beijar).

As palavras de origem indígena, africana ou popular: jeca, jiboia, jenipapo, Moji etc.

Outras palavras: jerimum, jeito, pajem, majestade etc.

Emprego da letra S

a) nos monossílabos: ás (carta do jogo de baralho, pessoa exímia em alguma atividade), três, mês, gás etc.

b) nos oxítonos: aliás, retrós etc.

c) nos nomes próprios: Inês, Luís, Luísa, Sousa, Queirós etc.

d) nos adjetivos pátrios terminados em -ÊS: português, japonês etc.

e) nas flexões de PÔR e QUERER e seus derivados: puser, quis, repôs, supus, requisesse etc.

f) nos verbos terminados em -ISAR, com -S etimológico: avisar, alisar, paralisar etc.

g) nas seguintes palavras: ânsia, turquesa, empresa, espontâneo, esplendor, fase etc.

Emprego da letra X

a) depois de ditongo: faixa.

b) geralmente depois da sílaba inicial EN: enxada, enxaguar, enxurrada etc. — exceção é feita aos vocábulos derivados de outros com CH: encharcar (de charco), enchumaçar (de chumaço), encher (de cheio) etc.

c) em palavras de origem indígena ou africana: abacaxi, Caxambu.

d) em outras palavras: xarope, xícara, Oxalá, praxe.

Observação:

Usa-se a letra X para representar o som de SS (sintaxe), CH (xarope), Z (exame) e CS (tóxico).

A letra X pode formar dígrafo com a letra C: excitar, excessivo etc.

Emprego da letra Z

a) nos derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO, -ZITO.

b) nos derivados das palavras terminadas em Z: enraizar (de raiz).

c) nos verbos com sufixo -IZAR.

d) abstratos com -EZ, -EZA: estupidez, pobreza.

Por: Miriã Lira

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