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Linguagem Formal e Informal

A língua é um organismo dotado de variantes linguísticas na linguagem formal ou padrão e na linguagem informal ou coloquial que possibilitam concluir que a língua não é homogênea, ou seja, uma só. No que tange a língua informal, diversas variantes são encontradas, dentre as responsáveis por esse fenômeno estão as diferenças regionais e o nível social do falante e sua interação com a linguagem verbal.

As diferenças regionais caracterizam-se pela fonética particular de cada região, isto é, uma maneira própria de falar do falante, nesse aspecto também pode citar-se o sotaque. Por exemplo, a fala de um caipira difere-se da fala de um falante da zona urbana. Quanto ao nível social do falante, observa-se que um operário, geralmente, não fala do mesmo modo que um advogado.

Depreende-se que não existe uma linguagem “certa” ou “errada”, o que existe é uma linguagem mais adequada ao meio em que se está, cabendo ao falante, ser competente linguisticamente, escolher a linguagem formal ou a linguagem informal conforme a situação de comunicação em que está inserido. É importante mencionar que a linguagem formal é uma variante padrão e a ela é atribuído valor social e histórico maior que atribui-se à linguagem informal.

O professor Bechara (1999) afirma que “a linguagem é sempre um estar no mundo com os outros, não como um indivíduo em particular, mas como parte do todo social, de uma comunidade”.

A linguagem formal

linguagem-formal-informalA linguagem formal pode também ser chamada de linguagem culta ou padrão. Ela é a variante ensinada nas escolas, presente nos manuais de Gramática e documentos oficiais. Todo o tipo de registro formal é feito utilizando a linguagem formal.

A linguagem formal deve seguir rigorosamente as regras prescritas pelos manuais de Gramática. Há preocupação com a pronúncia das palavras, que deve ser feita corretamente. A linguagem formal não admite contrações de palavras e nem erros de concordância verbal e de concordância nominal: os plurais não podem ser esquecidos.

Essa variante da linguagem é usada em ambientes formais, ou seja, em ambientes onde seja necessário seriedade na comunicação. Alguns desses contextos são entrevista de emprego, pronunciamentos e discursos, relatórios diversos, alguns tipos de textos jornalísticos, redações de vestibulares, salas de aula, reuniões de trabalho, conferências, trabalhos acadêmicos, etc.

A linguagem formal é tida como a variante de prestígio e isso pode ser comprovado pelo fato de ela ter sido escolhida como forma de registro de documentos oficiais. Além disso, pessoas que dominam a linguagem formal são privilegiadas em seleções de emprego e também são mais bem vistas pela sociedade. Essa situação deu origem ao conceito de preconceito linguístico.

A linguagem informal

Oposta à linguagem formal, a linguagem informal é utilizada em contextos informais e descontraídos de comunicação. Alguns contextos em que a linguagem informal é usada são conversas com familiares e com amigos, bilhetes, cartas pessoais, mensagens trocadas pela internet ou então pelo celular, etc.

A linguagem informal admite praticamente todas as coisas que a linguagem formal proíbe. No registro informal de comunicação são permitidas as contrações de palavras, os equívocos com relação à concordância verbal e nominal, a redução dos plurais, a presença de gírias e também os coloquialismos, que são expressões do tipo “calma aí” e “vamos maneirar”.

É perfeitamente possível que pessoas que dominem a linguagem formal se utilizem da linguagem informal em determinados momentos. Até por que ninguém se comunica formalmente o tempo todo. Entretanto, há pessoas que se utilizam do registro informal devido ao baixo grau de escolaridade e também à falta de acesso ao aprendizado da linguagem formal.

Além disso, aprender a linguagem informal é mais fácil por haver, desde cedo, contato com ela. Desde quando as pessoas aprendem a falar e passam a entender o que é dito ao redor delas há o contato e a absorção da linguagem informal.

Por: Miriã Lira

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