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Os 10 problemas mais frequentes na comunicação

Comunicar é transmitir uma mensagem, partilhar ideias ou sentimentos, estabelecer uma relação. Para que a comunicação seja efetiva é preciso estar atento a alguns problemas que ocorrem com muita frequência, listamos abaixo os 10 mais frequentes:

1. Ruídos na comunicação: são elementos paralelos ou secundários à mensagem. Além de ruídos propriamente ditos (sons diversos), podem ocorrer alterações significativas na qualidade da transmissão de informação. Mensagens simultaneamente concorrentes ou sobrepostas também dificultam o processo. Os cacoetes são exemplos típicos de ruídos que roubam o foco da mensagem principal.

2. Excesso de informação: é o que passa da medida. Em vez de se ir direto ao assunto, rodeia-se, tergiversa-se. E a ênfase na minúcia, no detalhe. Sua ocorrência também se dá, geralmente, porque o emissor acredita ser a forma mais eficiente do que o conteúdo. Essa diferença “para mais’’ pode tomar a mensagem enfadonha e comprometer o processo de comunicação.

Desenho de balões sugerindo uma comunicação3 .Lacunas de informação: são omissões ou falhas que comprometem o encadeamento dos signos linguísticos. Frases interrompidas, omissão de conectivos, esquecimento do conteúdo principal constituem, principalmente nos discursos improvisados, nas palestras, aulas ou entrevistas, as lacunas mais

4. Signos linguísticos obscuros: são expressões que causam falta de clareza, de inteligibilidade do discurso. Ocorrem pelo uso descabido de arcaísmos (expressões desusadas), preciosismos (expressões muito sofisticadas), plebeísmos (expressões demasiadamente vulgares) e jargões (expressões técnicas muito específicas).

5. Falta de lógica na sintaxe discursiva: é o emprego equivocado de conjunções (embora, porquanto, logo, ..) ou preposições (o, de, para, com…), estabelecendo relações que fogem ao raciocínio lógico. As vezes, ocorre um deslocamento ou omissão do sujeito da frase: predicados se justapõem, comprometendo a estrutura essencial do discurso lógico.

6. Variantes do código empregado: são variedades linguísticas. As mais importantes são morfológicas: em Portugal, “peúgas” são meias, “cuecas” são calcinhas, “bica” é o famoso cafezinho, “galinha” é mulher tagarela e “puto” é menino. No sul do Brasil, “bergamota” é tangerina, “cacetinho” é pãozinho francês e “patente” é vaso sanitário.

7. Precariedade do canal empregado: ocorre comumente devido ao desuso ou falta de qualidade de equipamento, às interferências de ondas magnéticas, à dificuldade de audição do receptor, ao ambiente insalubre.

8. Diferenças de contexto: ocorrem devido à subjetividade (quase sempre distinta) que emissor e receptor possuem em relação ao universo do discurso. Os dados anteriores e posteriores que o emissor tem em mente na associação à situação referida na mensagem não são os mesmos que o receptor

9. Dispersão do receptor: é a falta de concentração, a desatenção típica que ocorre com frequência quando o receptor não foi previamente preparado para a comunicação. Também pode ocorrer devido a mal-estar físico ou psicológico do Fatores como extensão prolongada na transmissão das mensagens, clima hostil ou posição desconfortável podem afetar o processo.

10. Falta de motivação ou despreparo do emissor: é um dos problemas mais comuns em situações específicas, como palestras, defesas de tese, aulas ou apresentações multimídia. Ocorre devido à dificuldade de enunciação (dicção), à linearidade rítmica na silabação das palavras, à monotonia na entonação das frases, à ausência de silêncios e pausas, à falta de gesticulação ou à gesticulação excessiva, à nasalação frequente das vogais, ao olhar vago ou inexpressivo, à expressão fisionômica, à postura arrogante ou deselegante.

Por: Wilson Teixeira Moutinho

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