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Tipos de Sujeito

Sujeito é o termo da oração que informa de quem ou do que se fala. Normalmente, é o termo com o qual o verbo concorda.

Agora, cabe-nos pensar nos tipos de sujeito existentes e na melhor maneira de distingui-los quando aparecem nos enunciados.

Sujeito simples

O sujeito simples apresenta-se quando a oração possui só um núcleo. Núcleo é a palavra principal da expressão que designamos como sujeito. Observem o texto a seguir:

Dualidade de sentidos
O que via o triste cavaleiro?
Eram gigantes ou moinhos de vento?
“Sigo, persigo, luto…
E vejo gigantes à minha frente
Quebraram meus pensamentos”
Quem? Fala-se, por todo lado,
em gigantes ou em moinhos de vento?

No trecho “O que via o triste cavaleiro,” o verbo “via” refere-se, quanto ao praticante da ação, ao “triste cavaleiro”. Logo, “triste cavaleiro” é sujeito, constituído de um núcleo: cavaleiro. Portanto, o sujeito é simples.

Sujeito composto

Se acrescentarmos outro núcleo ao sujeito, na frase “Quixote e Sancho viam moinhos de vento”, teremos sujeito composto, Quixote e Sancho, com os núcleos Quixote e Sancho.

Sujeito desinencial

O sujeito desinencial ou elíptico não é demonstrado explicitamente; descobrimos o sujeito por intermédio da desinência verbal. Observe: “sigo, persigo, luto”.

Ao conjugarmos os verbos “seguir”, “perseguir” e “lutar”, o pronome que se encaixa nos verbos é “(eu) luto”, “(eu) sigo”, “(eu) persigo”. A desinência apresentou o sujeito.

Sujeito indeterminado

O sujeito indeterminado, por sua vez, aparece quando não se sabe quem realizou a ação, ou quando não se refere a alguém determinado. O verbo, então, aparece na 3ª pessoa do plural ou na 3ª pessoa do singular, com o pronome se.

Um exemplo do primeiro caso é “Quebraram meus pensamentos”. Não se identifica o autor da ação.

No segundo caso, podemos citar como exemplo a frase “Fala-se, por todo lado, em gigantes ou moinhos de vento.” Nesse caso, o se indetermina o sujeito das ações.

Oração sem sujeito

Resta-nos falar das orações que não possuem sujeito. São aquelas em que os verbos não se referem a nenhum ser; o verbo é impessoal.

O verbo é impessoal quando apresenta algum fenômeno da natureza. Exemplo:

“Conforme anoitecia, Dom Quixote aguardava ansioso sonhar com sua Dulcineia.”

“Conforme anoitecia” é uma oração sem sujeito, pois o verbo anuncia fenômeno da natureza.

Também são impessoais os verbos haver, fazer e ir, indicando tempo decorrido:

Faz tempo que a loucura é “sucesso”. muito, Erasmo de Rotterdã já falava sobre esse assunto. Vai para cinco séculos a admiração do homem por Dom Quixote e O elogio da loucura.

O verbo “haver” também é impessoal quando tem o mesmo sentido de existir:

certa lucidez no que diz Sancho.

E, por fim, o verbo ser é também impessoal, ao indicar tempo:

Era tempo de céticos quando a luz do sonho brilhou na triste figura de um cavaleiro.

Por: Wilson Teixeira Moutinho

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