Nos termômetros é usado mercúrio para a medida de temperatura se locomover.
A ingestão oral de mercúrio metálico (Hg) não é muito perigosa: um adulto pode tolerar 30g/dia. O vapor é mais tóxico, originando tonturas em longo prazo. A toxicidade dos sais inorgânicos de mercúrio é proporcional à sua solubilidade; o calomelano (Hg2Cl2), pouco solúvel, foi por muito tempo usado como purgativo.
Os íons de mercúrio formam complexos fortes com o grupo -SH das proteínas, e sua toxicidade provavelmente se relaciona com a inativação das proteínas nas membranas celulares. Assim parece, pois os efeitos são particularmente notáveis nos rins e no cérebro, ambos órgãos nos quais a função das membranas é importante, e é importante também pelo motivo de que muitas bactérias e fungos morrem em contato com compostos de mercúrio.
O mercúrio, em particular, forma facilmente ligações covalentes, especialmente com compostos aromáticos, e muitos desses compostos, como por exemplo, o “Semesan”, são utilizados como fungicidas e praguicidas. Compostos insolúveis de Semesan têm sido amplamente usados para impregnar sementes, para protegê-las contra pragas do solo. Numerosos acidentes têm ocorrido quando essas sementes foram usadas por pessoas desavisadas, na preparação de alimentos.