O nitrogênio é um gás incolor, sem cheiro e considerado inerte. Pode ser encontrado em estrelas, nos espaços interestelares, em atmosferas de planetas e em todos os organismos vivos. O nitrogênio gasoso não é nocivo, mas sua alta concentração em ambientes pode provocar asfixia.
O nitrogênio líquido também não tem cheiro, é incolor e, em contato com a pele, causa graves queimaduras.
O nitrogênio é obtido pela destilação fracionada do ar liquefeito, eliminando-se o gás oxigênio. Em escala reduzida, o nitrogênio puro é obtido por meio de reações de oxidação da amônia e seus derivados ou por redução de compostos oxigenados de nitrogênio.
O nitrogênio atmosférico é inesgotável e para aproveitá-lo é preciso realizar a sua fixação por meio de descarga elétrica, pela produção de cianamida cálcica, de cianeto de sódio ou pela síntese direta do amoníaco. As principais combinações são: a amônia (NH3), o ácido nítrico (HNO3) e o ácido nitroso (HNO2).
Aplicações:
Os compostos de nitrogênio são usados desde a Idade Média. Os alquimistas já conheciam o ácido nítrico e o nitrato de sódio, que era usado como ingrediente da pólvora. O cientista francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) chamou o nitrogênio de azoto (sem vida), mas seus compostos são encontrados em alimentos, fertilizantes, venenos e explosivos, como a nitroglicerina.
O nitrogênio é usado na indústria química, como solvente e como inibidor de combustões, e nas indústrias alimentícia, metalúrgica e elétrica, para prevenir a oxidação.
O elemento pode ser usado em seu estado líquido em sistemas de refrigeração e, por seu rápido congelamento, ser empregado na medicina como conservante de sangue, sêmen, tecidos e bactérias.
O nitrogênio tem efeito anestésico, podendo provocar a narcose de nitrogênio.
A amônia (NH3), um gás incolor e de forte odor, é um dos principais produtos obtidos pela conversão de nitrogênio. Ela é usada na produção de vários outros compostos de nitrogênio e é empregada na produção da ureia (para o fabrico de fertilizantes) e na de refrigerantes.
A conversão do nitrogênio em uma forma industrial e utilizável é bastante árdua, pois sua molécula é formada por dois átomos com ligações químicas muito fortes, sendo difícil inserir elétrons nas moléculas de nitrogênio ou retirá-los delas. Além disso, o nitrogênio é não-polar e não se liga facilmente a metais.
O método de conversão de nitrogênio em amônia, chamado de processo Haber-Bosch, exige altas temperaturas e pressões. Nele, o ferro é usado como catalisador. N2(g) + 3 H2(g) ^ 2 NH3(g) + energia
Por: Osvaldo Shimenes Santos