Química Ambiental

Camada de Ozônio

A camada de ozônio situa-se numa faixa de 25 a 30 km da estratosfera – a parte da atmosfera que vai de 12 a 40 km. O ozônio, principal formador da camada de ozônio, é uma substância química formada por três átomos de oxigênio O3.

As radiações provenientes do espaço promovem, ao longo do tempo, reações químicas entre gás oxigênio (O2) e átomos de oxigênio (O), presentes na atmosfera, produzindo gás ozônio (O3).

Importância

A camada de ozônio exerce a importante função de repelir a radiação ultravioleta. Foi graças a esta capa protetora que a vida pôde evoluir em nosso planeta.

Diminuindo a intensidade da chegada dos UV à superfície, o ozônio evita feridas na pele, câncer e mutações degenerativas. Ele funciona como um agente do sistema imunológico do planeta.

Sua ausência deixa todos expostos, indefesos ante os efeitos dos raios ultravioleta.

O buraco na camada de ozônio

Em 1982, detectou-se, pela primeira vez, o desaparecimento de ozônio em áreas sobre a Antártida. Medições sucessivas constataram que a camada de ozônio era cada vez mais rarefeita. Atualmente esse fenômeno pode ser percebido não só no Pólo Sul, mas também sobre o Ártico, o Chile e a Argentina.

Os cientistas apontam os clorofluorcarbonos como os responsáveis pela situação. Também chamados CFCs, os clorofluorcarbonos surgiram em 1931 para serem usados em refrigeradores, eram excelentes, pois, além de baratos, não eram tóxicos nem inflamáveis.

Esses gases eram muito utilizados em aparelhos de ar condicionado, geladeiras e aerossóis. A redução gradual dos CFCs, até a eliminação no ano 2000, foi proposta pelo Protocolo de Montreal, em 1987.

Há outras substâncias que também destroem a camada de ozônio e que até agora não sofreram nenhum tipo de proibição. São elas: tetracloreto de carbono, um solvente; clorofórmio, anestésico e solvente; e dióxido de nitrogênio, utilizado na composição do ácido nítrico. Como se pode perceber, o problema ainda está longe de uma solução definitiva.

Consequências da destruição da camada de ozônio

A principal consequência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, já que os raios ultravioletas são mutagênicos.

Além disso, existe a hipótese que a destruição da camada de ozônio pode causar um desequilíbrio no clima, resultando no “efeito estufa“, que acarretaria no descongelamento das geleiras polares e enfim, na inundação de muitos territórios que hoje podem ser habitados.

De qualquer maneira, a maior preocupação dos cientistas e mesmo com o câncer de pele, cuja incidência já vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais se indica evitar as horas em que o sol está mais forte e a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir, e de se proteger a pele

É possível recuperar o dano feito a camada de ozônio?

Sim, é possível recuperar o dano feito a camada de ozônio parando imediatamente de produzir CFC. Isso e possível porque o ozônio é produzido quando a luz solar incide sobre óxidos de nitrogênio (ex. NO2), que são expelidos pelos automóveis em meio aos seus gases de descarga.

Assim, como hoje o CFC é menos utilizado, aos poucos a camada de ozônio vem se recuperando, apesar que demorará anos, já que os átomos de cloro já expelidos em CFC ficarão por até 75 anos reagindo com as moléculas de ozônio e transformando-as em moléculas de oxigênio.

Autoria: Sonia Regina Rodrigues

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