O livro Amar se Aprende Amando de Carlos Drummond de Andrade, livro reúne poemas minimalistas do autor.
A obra “Amar se aprende amando”, é uma coletânea de poesias de Carlos Drummond de Andrade reunidas em um único local. Publicada em 2001, foi preparada por Ivan Junqueira, com diversos textos que o poeta escreveu entre os anos 1960 e 1980. Amar se aprende amando, tentou reunir todos as poesias que estivessem ligadas ao cotidiano, detalhes e coisas consideradas pequenas mais que nas obras de Drummond de Andrade se tornavam grandiosas.
Apesar de críticos considerarem que alguns dos poemas que fazem parte deste livro, serem circunstanciais, Drummond sempre se demonstrou com um tom prosaico em seus versos que chama atenção. Muitas vezes parecem crônicas, inspiradas no cotidiano. O único aspecto tido como negativo deste livro, portanto, são as poesias tidas como circunstanciais, que acabam se deslocando de outras que possuem um contexto mais pessoal, e pode deixar o leitor um pouco confuso.
Em grande parte, há poemas que salvam esta coletânea, principalmente na parte final, e então é possível não dar tanta atenção às poesias circunstanciais que foram colocadas. O livro “Amar se aprende amando” é dividido em três partes, e entre as poesias presentes em alguns deles estão: “Liquidação de Inverno”; “Conversa com o Lixeiro”; “A Excitante Fila do Feijão”; “Relatório de Maio”; “violão e violência”; “Lira do Amor Romântico”; “Reconhecimento do Amor”; “A Kiss, un Baiser, un Bacio”.
Sobre o autor
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987), é considerado um dos melhores poetas da literatura brasileira. Nascido em Itabira, Minas Gerais, cidade que depois aparece presente em diversos de seus versos, se formou em Farmácia em Belo Horizonte, e assim que se formou fundou com alguns colegas o periódico “A Revista”, para divulgar o movimento modernista no Brasil. Junto com Oswald de Andrade ajudou no movimento a favor do modernismo brasileiro, importante manifestação cultural brasileira.
Alguns críticos dividem a obra de Drummond a partir da dialética “eu x mundo”, onde estão: eu maior que o mundo – com poesias irônicas, eu menor que o mundo – com poesias sociais, e eu igual ao mundo com poesias metafísicas. Entre suas grandes obras estão: Alguma Poesia (1930), Sentimento do Mundo (1940), A rosa do Povo (1945).